Mesmo tendo dobrado o número de profissionais que integram o Mais Médicos, Mato Grosso do Sul é um dos estados com a menor quantidade de médicos no programa. O estado figura como o 8º com menos profissionais no programa, mostram os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, nesta terça-feira (9).
Na comparação entre regiões do Brasil, o Centro-Oeste já figura com a menor taxa de todas, recebendo 1.574 dos 24.894 que atendem em todo o país.
Na região, Goiás recebe a maioria dos médicos do programa, com 741; seguido de Mato Grosso, com 359; Mato Grosso do Sul, com 323; e Distrito Federal, com 151.
Em comparação com o país, sete das 26 UFs e DF recebem menos profissionais no Mais Médicos do que MS. São eles: DF (151), AP (191), AC (218), TO (259), SE (266), AM (308) e AL (312). Confira detalhes no infográfico abaixo:

Número de profissionais mais que dobrou em MS
O número de profissionais do Mais Médicos em atividade aumentou em 93,83% entre janeiro de 2023 e junho de 2024, após retomado do programa. Atualmente, 24.894 médicos e médicas atendem em todo o Brasil. São 12.051 profissionais a mais que o registrado em dezembro de 2022.
Nesse mesmo período, Mato Grosso do Sul registrou crescimento de 87,79% no número de profissionais em atividade no programa. O total saltou de 172 para 323. Do total de médicos e médicas ativas no estado, 296 são brasileiros, representando 91,64% dos integrantes do programa. As mulheres também são maioria no estado (61,92%).
Onde estão esses profissionais
Quanto ao tipo de equipe e onde estão alocados os profissionais do Mais Médicos, em MS, 281 integram equipes de Saúde da Família (eSF) e 133 estão em regiões de médio, alto ou muito alto Índice de Vulnerabilidade da Saúde (IVS).
São 136 profissionais com idade entre 30 e 39 anos; 26,93% são pretos ou pardos e 64,09% são brancos.
A capital do estado, Campo Grande, conta agora com 66 médicos e médicas — local que recebeu 54 novos profissionais entre janeiro de 2023 e junho de 2024. Em dezembro de 2022, eram apenas 12.
O Mais Médicos compõe um conjunto de ações e iniciativas do governo para o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde do país.
Ela é a porta de entrada preferencial do SUS (Sistema Único de Saúde), que está presente em todos os municípios e próxima de todas as comunidades. É neste atendimento que 80% dos problemas de saúde são resolvidos.