Policial

Sobrevivente, ex agredida diz que guarda era ciumento e não aceitava término

Jovem que foi ameaçada de morte por Valtenir criticou o porte de arma do guarda



Valteir é procurado pela polícia (Reprodução)



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Agredida e ameaçada de morte por Valtenir Pereira da Silva, guarda-municipal acusado de matar a ex-namorada Maxelline Santos no último sábado (29), conversou com o Jornal Midiamax e disse ainda estar muito assustada com o crime e comentou episódio em que sobreviveu de agressão feita pelo Guarda em 2014.

Não aceitando o fim do relacionamento, Valtenir encurralou a então namorada no quarto e, com uma faca, esbravejou que ela não iria se relacionar com mais ninguém que não fosse ele. Na ocasião, ela contou que conseguiu ‘sair viva’ e na delegacia fez um boletim de ocorrência solicitado medida protetiva. Segundo ela, jamais passou pela cabeça que o namoro, que durou menos de um ano, pudesse chegar a esse ponto.

“No começo era bem tranquilo. Ele era muito ciumento por causa de um relacionamento antigo meu e depois passou a ficar agressivo. Falava que eu estava fazendo ele de besta e que ele não aceitaria isso. Depois que ele me ameaçou e eu fui na polícia, ele tentou reatar algumas vezes, mas depois disso, não tivemos mais contato”, comentou com o Midiamax.

A mulher relata que o guarda-municipal ‘nunca parou com ninguém’, pois sempre era visto com uma namorada nova. Depois da separação, ela diz que chegou a ver Valtenir algumas vezes no Centro da cidade durante o trabalho, mas que nunca mais trocaram uma palavra.

Devido ao histórico de violência de Valtenir, a jovem criticou a disponibilização do porte de arma para ele e ainda mais sobre ele fazer parte de um grupo capacitado para atender situações de violência contra à mulher. “No caso dele, deveriam ter investigado mais. Não deve ter tido nenhum tipo de verificação para dar uma arma para ele”, finalizou.

Foragido

A Polícia Civil continua as buscas pelo guarda-municipal Valtenir Pereira da Silva, acusado de matar a tiros a ex-namorada Maxelline Santos, de 28 anos, um amigo e ferir a esposa dele em uma residência no Jardim Noroeste em Campo Grande.

Segundo informações da polícia, as buscas por Valtenir continuam e sua prisão preventiva já foi decretada, durante o plantão judiciário de domingo (1º). A juíza titular da 1ª Vara da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Capital, Helena Alice Machado Coelho, decretou a prisão do guarda.

 

Maxeline estava em um churrasco na casa de amigos quando Valtenir chegou no local. Os dois teriam tido uma discussão e o guarda deu um tiro na cabeça da vítima. A esposa do dono da residência tentou intervir na briga e acabou atingida por um disparo, mas foi socorrida com vida e levada para a Santa Casa.

Quando o proprietário da casa saiu para ver o que tinha acontecido também foi morto com um tiro. Após o crime, o agente fugiu. O GOI (Grupo de Operações e Investigações) está em buscas pelo suspeito.

Maxelline havia registrado um boletim de ocorrência por violação de domicílio e ameaça, no fim do mês passado, contra o agente. Na delegacia, na ocasião, a professora contou que manteve relação com o guarda municipal, mas ele não aceitava o fim do relacionamento.

A vítima pediu uma medida protetiva de urgência, que foi autorizada pela juíza Jacqueline Machado. Cinco dias após ser intimado e ficar ciente da medida protetiva, Valtenir Pereira da Silva matou a ex-namorada.