Policial

Polícia paraguaia diz que serviço ‘terceirizado’ do PCC pode ter executado jornalista brasileiro

Comissário revela que Ryguasu, que está preso em Dourados, teria ordenado a execução de Léo Veras



Jeep apreendido teria sido usado no dia do crime.(Foto: ABC Color)



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A facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) pode ter ordenado a execução do jornalista brasileiro Léo Veras, em Pedro Juan Caballero,  quando jantava com a família. A afirmação é do comissário Gilberto Fleitas, chefe do Departamento Contra o Crime Organizado da Polícia Nacional do Paraguai, durante entrevista à emissora de rádio paraguaia ABC 98.5 FM, nesta segunda-feira (24).

Segundo o comissário, o que leva a polícia a essas conclusões da Polícia foi a apreensão do veículo que supostamente teria sido usado na execução, ou seja, um Jeep Renegade de cor branca.

A Polícia entende que foi Waldemar Pereira Rivas, o “Cachorrão”, que continua foragido, que teria executado o jornalista brasileiro. Uma das nove pessoas presas no sábado é Cintya Raquel Pereira Leite, irmã de “Cachorrão”, que tem uma condenação pendente de 17 anos de prisão no Brasil e deve  ser  será expulsa do Paraguai e entregue às autoridades brasileiras.

Ela é apontada como a pessoa que dirigia o Jeep Renegade no momento em que foi utilizado na execução de Léo Veras. De acordo com o comissário de Polícia, “Cachorrão” é proprietário de uma série de locais na fronteira onde desova veículos roubados no Brasil e costuma executar serviços de pistolagem para o PCC.

“Os chefões da facção criminosa se passam por empresários e vivem em mansões luxuosas ou hotéis. Esses homens terceirizam os pistoleiros e agora temos de entender como funciona essa estrutura”, declarou.

O comissário também revelou que Ryguasu, que está preso em Dourados, teria ordenado a execução de Léo Veras porque o jornalista teria alertado as autoridades brasileiras de quem realmente se tratava o criminoso. No dia de sua prisão, em Ponta Porã, durante uma discussão no trânsito, ele apresentou uma identidade falsa e seria libertado com o pagamento de uma fiança.

Ainda segundo o comissário, após a suposta intervenção de Léo Veras, a Polícia do Brasil teria descoberto sua verdadeira identidade e Ryguasu foi transferido para Dourados. Ao ser informado sobre o que tinha acontecido, ele determinou que pistoleiros executassem o jornalista brasileiro.