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Trabalho com uso de carro, moto e também em domicílio cresce em MS

Crise econômica do País foi o principal motivo para aumento de até 6% das atividades desempenhadas em casa ou utilizando veículos



Transporte de passageiros por aplicativo conta com milhares de motoristas em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)



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A crise econômica do Brasil fez com que as pessoas ocupadas buscassem alternativas no mercado de trabalho. Com a intenção de diminuir gastos, as medidas que mais cresceram de 2012 a 2018 foram utilizar veículo automotor, na onda dos aplicativos para transporte de passageiro e de entrega de refeição, e também levar trabalho para casa, literalmente.

Em Mato Grosso do Sul, o trabalho em domicílio passou de 3,9% para 6%, enquanto o uso de carro ou motocicleta como ganha pão diário saltou de 3,7% para 5,8%. Os números fazem parte da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o levantamento, a população ocupada no setor privado no Estado, que chegou a 1,01 milhão de pessoas em 2018, trabalhava principalmente em estabelecimento do próprio empreendimento, 50,7%. Houve queda de 16 mil pessoas em comparação com o ano anterior, passando a contabilizar 513 mil pessoas.

O trabalho em local designado pelo empregador cresceu de 16%, em 2012, para 17,9% em 2018.

A PNAD Contínua também aponta que no ano passado 19% dos ocupados como conta própria possuíam CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), apresentando ligeira queda em relação a 2017, que foi de 21%. Entre os empregadores a cobertura era de 71,4%.

Já em relação a serie histórica, de 2012 a 2016, há registro de crescimento de ocupado como empregador ou trabalhar por conta própria que estava em empreendimentos registrados no CNPJ, atingindo 33% no último ano. Em 2017, o índice recuou para 31,7% e no ano passado chegou aos 30,3%, acima da média nacional (29%).

O levantamento também aponta que das 363 mil pessoas ocupadas como empregadores ou trabalhadores por conta própria no Estado, 4,9%, ou cerca de 18 mil pessoas, eram associados à cooperativa de trabalho ou produção em 2018. A estimativa apresentou redução em comparação com 2017, que foi de 5,7%. O maior valor do indicador, de 6,2%, ocorreu em 2012.

Sindicalização tem queda – Em 2018, dos 1,09 milhão de sul-mato-grossenses ocupados, 164 mil, que representam 8,5%, eram associados a sindicatos. A redução foi de 18% no contingente de sindicalizados em comparação com o ano anterior.

Entre os homens, 10% eram sindicalizados, enquanto somente 7% das mulheres mantinham ligação as entidades representativas das categorias de trabalho.