Policial

Depois de depor, PM que matou colega passa por exame e vai o Presídio Militar

A defesa afirmou que Izaque prestou 'esclarecimento do que efetivamente aconteceu'



Advogado do policial, Thiago Pereira Gomes. (Marcos Ermínio, Jornal Midiamax).



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Izaque Leon Neves, policial militar de 33 anos, que matou o colega de farda Jurandir Miranda, de 47 anos, ficará preso no Presídio Militar, segundo o advogado de defesa Thiago Pereira Gomes. Neste sábado (26), o autor prestou depoimento na Corregedoria da Polícia Militar.

O militar teve a prisão preventiva decretada na sexta-feira (25), após ter assassinado a tiros o colega em Aquidauana, cidade que fica a 143 quilômetros de Campo Grande. Ciúme da ex-mulher por um possível relacionamento com a vítima teria sido “motivo”.

A defesa afirmou que Izaque prestou “esclarecimento do que efetivamente aconteceu”. Não detalhou, porém, qual foi a alegação do policial, já que a investigação está em fase inicial. “A gente teve acesso a parte de informações da Polícia Civil e Polícia Militar, mas o processo ainda não tivemos acesso”. O autor passa por exame de corpo de delito no IML e, em seguida, deve ir para o Batalhão de Guarda.

Segundo Thiago, a escolha por se apresentar em Campo Grande foi adotada como medida de segurança. “Por envolver dois policiais, de duas forças e pela família da outra parte envolvida”.

Homicídio

Conforme as informações da polícia, a investigação aponta que Izaque estaria com ciúmes de um possível relacionamento da ex-mulher com Jurandir e usou desta motivação para o assassinato. Jurandir foi de motocicleta até o bar de Izaque, que estava sentado em uma cadeira e logo se levantou e atirou sete vezes contra a vítima, com uma pistola da Polícia Militar.

Jurandir estava em cima da motocicleta quando foi atingido pelos primeiros tiros. Izaque não parou de atirar após a vítima cair e ainda tentou esganar o colega, que chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao dar entrada no hospital.

A ex-mulher de Izaque procurou a Polícia Civil para prestar depoimento e disse que, antes de matar Jurandir, o policial telefonou para ela e a ameaçou, dizendo que se fosse vista com outro homem seria assassinada na presença dos dois filhos do ex-casal. Ela solicitou medida protetiva de urgência, deferida pelo juiz assim que decretou a prisão de Izaque.