Policial

Mandante de execução diz que atirador cometeu crime por amizade

Paraguaio identificado como Pedro Benitez, autor dos disparos, nunca foi localizado pela polícia



Réu negou que tenha contratado pistoleiro para executar ex-marido da cunhada. (Foto: Henrique Kawaminami)



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O empresário Fábio Willian Rodrigues Miranda, 38 anos, acusado de ser o mandante da execução de Oswaldo Fábio Soto Martins, 37 anos, morto a tiros ao sair do Centro de Triagem de Campo Grande no dia 24 de agosto de 2016, disse que o autor do assassinato cometeu o crime ''em nome da amizade''. 

Durante julgamento nesta quinta-feira (17) na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Fábio contou que no dia 16 de junho de 2016, a cunhada, ex-mulher de Oswaldo, foi sequestrada pelo homem e mantida refém dentro de um hotel na Capital.

A cunhada conseguiu ligar para o marido, que estava em Ponta Porã, e ele avisou o irmão, que estava em Campo Grande. Fábio foi até o hotel e, durante briga, quebrou o braço de Oswaldo e  homem acabou preso. Segundo o réu, a vítima ameaçou se vingar da família quando saísse da prisão.

Pouco mais de dois meses depois, quando soube que Oswaldo seria solto, Fábio comentou sobre o caso com o paraguaio Pedro Benitez, que prestava serviços em sua empresa em Ponta Porã. ''Ele ficou bravo, se solidarizou e disse que alguma coisa teria que ser feita, que ele ia resolver", explicou.

Na data que Oswaldo seria solto, Fábio e Pedro vieram para Campo Grande. Conforme o réu, o paraguaio pediu para que ele estacionasse o veículo próximo ao Centro de Triagem, no Jardim Noroeste, desceu do carro e disparou vários tiros contra Oswaldo. ''Eu achei que ele fosse dar um susto ou ameaçar. Em momento algum disse que iria matar, só resolver. E eu aceitei porque estava com medo por minha família", disse.

 

Ao juiz Carlos Alberto Garcete, Fábio afirmou que levou Pedro até o trevo de Sidrolândia, em Campo Grande, e nunca mais viu o atirador. Ele negou que tivesse contratado o pistoleiro e disse que o homem cometeu o crime ''em nome da amizade''.

Fábio responde por homicídio simples e Pedro foi citado como autor no processo. O paraguaio, porém, nunca foi localizado.