Foto: Divulgação
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A construção de mais uma Unei (Unidade Educacional de Internação) em Dourados ainda segue em projeto. Com capacidade para até 24 menores, o local recolhe 51 adolescentes apreendidos por infrações graves.
Segundo o diretor da unidade, José Marcondes Nantes de Brites, ainda não há nenhuma ação efetiva para resolver o problema da superlotação.
“Havia uma questão com governos antigos, agora, até onde sei, não há nada efetivo para construção de uma nova unidade. E nós precisamos devido a abrangência da região. A gente recolhe menores de vários outros municípios, então a nossa demanda é grande”, disse.
Conforme o diretor, o impasse principal é a falta de área para instalação da nova Unei. O assunto foi amplamente discutido em novembro do ano passado, em caráter polêmico, devido a insatisfação de moradores da região da Sitioca Ouro Fino, onde seria doado pela Prefeitura de Dourados um terreno com 15.000 m2.
Na época o assunto foi debatido na Câmara de Vereadores, mas não teve prosseguimento. A preocupação da população que reside naquela região era com a segurança, justificando o medo ao risco de fugas e rebeliões, além da possibilidade de desvalorizar a área.
José Marcondes disse ainda à reportagem que após essas discussões a Prefeitura se dispôs a ceder área na região da PED (Penitenciária Estadual de Dourados), mas questões burocráticas limitaram a efetividade da doação.
SEMINÁRIO
Na quarta-feira (2) a diretoria da Unei realizou o I Seminário Socioeducativo - “Novas Perspectivas para a Medida de Internação em Dourados/MS”, com a proposta de apresentar os trabalhos realizados por lá, transformando a concepção comum sobre a reclusão educacional.
“Estamos querendo abrir o espaço da Unei para que a comunidade conheça nosso trabalho e para que possam nos ajudar de alguma forma, mudando aquela visão preconceituosa da maioria de que os meninos têm que ficar trancados mesmo”, explicou.
Além disso, à tarde serão oferecidas oficinas aos servidores, em diversas áreas de atuação.
Hoje a Unei aplica uma metodologia estratégica para oferecer ao menor infrator uma nova visão de mundo, incentivando a mudança de atitude e a disposição para construir um futuro com dignidade e cidadania.
Lá existem atendimento psicossociais, aulas culturais e ensino educacional regular através do projeto AJA (Avanço do Jovem na Aprendizagem).
Em privação de liberdade, predominantemente, encontram-se os adolescentes autores de atos infracionais graves, praticados com violência a pessoa e grave ameaça, sendo que, para a medida de privação de liberdade é estabelecido o período máximo de três anos.
O diretor da Unei ressalta que a intenção da reclusão dos menores não é visando a punição por crimes cometidos, mas sim a conscientização do infrator sobre a conduta irregular e também a proteção e preservação da identidade, garantindo aos adolescentes o regresso à sociedade de forma digna.
OUTRO LADO
O Dourados News buscou na manhã de ontem (2) oposicionamento da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) informando o valor atual da verda garantida há cerca de quatro anos, a disponibilidade do recurso e como a pasta tem conduzido as ações para execução do projeto. No entanto, até às 10h desta quinta-feira (3) a assessoria de imprensa não havia encaminhado o retorno.