Política e Transparência

ELEIÇÃO SUPLEMENTAR Após cassação, Miranda terá nova eleição para prefeito em outubro

Prefeita e vice tiveram mandatos cassados por compra de votos



Ivan e Marlene tiveram mandatos cassados pela Justiça Eleitoral por compra de votos - Foto: Reprodução / Facebook



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Após a cassação da prefeita de Miranda, Marlene Bossay (MDB), e do vice, Adailton Rojo Alves, o Município terá nova eleição no dia 6 de outubro deste ano, para escolher os novos administradores. Data foi definida hoje (22) pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE/MS).

Resolução expedida pelo desembargador Divoncir Schreiner Maran, presidente em exercício do TRE, aprova instruções para a eleição suplementar, o calendário eleitoria e prevê que, já a partir de segunda-feira (26), será permitida a realização de convenções destinadas a deliberar sobre coligações e escolher candidatos aos cargos em disputa.

Marlene de Matos Bossay, Adailton Rojo Alves  e o vereador Ivan Bossay, eleitos em 2016, tiveram seus diplomas cassados logo após o pleito, por decisão do juiz eleitoral Alexsandro Motta, da 15ª Zona Eleitoral, em razão de prática de captação ilícita de sufrágio e de abuso de poder econômico, mediante compra de votos na Aldeia Lalima, de Miranda.

Desde a decisão, a então prefeito veio recorrendo da sentença e, no dia 22 de abril deste ano, o TRE confirmou a cassação do mandato e foram ajuizados, ainda pelos afastados, dois embargos de declaração contra a decisão proferida no recurso eleitoral, tendo o Tribunal rejeitado e considerado meramente protelatórios os embargos de declaração opostos pela segunda vez.

Procuradoria Regional Eleitoral apresentou pedido de providências à execução imediata da decisão de afastamento de Marlene Bossay, Adailton Alves e o vereador Ivan Bossay, que foi expedido na última segunda-feira (19). Foi determinado ainda que o presidente da Câmara Municipal, vereador Edson Moraes de Souza (PDT), assumisse o cargo até a posse dos novos eleitos. 

COMPRA DE VOTOS

Durante a campanha de 2016 o filho da prefeita, Alexandre Bossay, foi flagrado e preso quando entregava cestas básicas na aldeia Lalima, em Miranda. Nas investigações, foram encontrados, ainda, tickets em postos de combustíveis, que teriam sido repassados a eleitores.

O filho da prefeita também é acusado de comprar votos de jovens por meio de depósito bancario.

Essa compra foi comprovada por meio de conversas em aplicativo de mensagens no celular entre o filho da prefeita e o jovem que recebeu o dinheiro. Bossay inclusive enviou foto do comprovante do depósito feito ao rapaz e frisou o nome da mãe e do irmão para serem votados.