Região

Sem assinaturas suficientes, Câmara de Rio Brilhante engaveta CPI sobre escândalo de combustível

Caso envolve o Executivo e foi denunciado pelo próprio prefeito Lucas Foroni (MDB) à Polícia e ao Ministério Público Estadual. Ele também anunciou que irá abrir uma sindicância na próxima semana



Prefeito entregou denuncia ao MPMS sobre desvios de recursos com compra de combustível e peças - Divulgação/Prefeitura Rio Brilhante



Curta nossa Fan Page e fique por dentro de tudo que acontece em Itaporã, Região, Brasil e Mundo!


Apesar do caso ter sido denunciado pelo próprio de Rio Brilhante, Lucas Foroni (MDB), sobre a existência esquema de corrupção envolvendo gastos excessivos com combustível e que resultou em pedido de abertura de inquérito junto ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul”, moradores reclamam que as providências no âmbito do município não tiveram prosseguimento.

Acionada pela reportagem sobre o fato de até momento não ter se pronunciado publicamente sobre o assunto, a Câmara Municipal de Vereadores afirmou que uma CPI (Comissão Parlamentar Inquérito) chegou a ser iniciada, mas por falta de assinaturas acabou abortada. “Houve uma tentativa de se fazer uma CPI, mas não foi possível reunir o número de assinaturas necessárias”, explicou o presidente da Casa, vereador Juarez Rosa (MDB).

Segundo o vereador, a denúncia já está sendo investigada pela própria polícia civil do município e também pelo Ministério Público Estadual e que os encaminhamentos relacionados ao Poder Executivo acabaram prejudicados, em virtude desses dois procedimentos já adotados, mas negou que o assunto esteja parado.

“Em contrapartida o município já está fazendo uma sindicância aonde nós já indicamos um vereador que irá participar para poder apurar o que for possível sobre esse caso. Mas a CPI não está descartada. A gente tem que ver o que vai acontecer”, comentou Rosa, ressaltando que ele mesmo enquanto presidente precisar aguardar a apresentação de um requerimento.

Embora o presidente da Câmara tenha falado da existência uma sindicância, passadas duas semanas, nenhum ato referente ao assunto foi publicado no Diário Oficial do Município. De acordo com informações apuradas pela reportagem, o que se sabe é que dois dos principais envolvidos foram exonerados pelo prefeito Lucas Foroni.

Em resposta a um questionamento sobre o andamento das investigações, feito pela vereadora Wandressa Barbosa (PSB), o promotor de Justiça Alexandre Rosa Luz confirmou a representação está em andamento e que as investigações seguem sob sigilo.

Entretanto, ele ressaltou que “estão sendo adotadas as s providências cabíveis, sem prejuízo daquelas que podem ser adotadas pelo Executivo Municipal, pela Polícia Civil e mesmo pelo Poder legislativo local”.

Procurado pela Reportagem do Midiamax, para falar a respeito da fraude descoberta no município e que envolve servidores municipais, o prefeito explicou que foi informado que tanto as investigações do MPMS quanto da Polícia Civil estão em andamento.

Segundo Foroni, na próxima semana o Município irá formalizar a abertura oficial de uma sindicância administrativa, com participação de políticos aliados e também da oposição como forma de agilizar ainda mais os procedimentos sobre o assunto. “O processo está bem adiantando e com algumas de tentar esse ressarcimento o mais rápido possível”, explicou o prefeito, reafirmando o sigilo das investigações.

 “Até onde averiguamos, e passamos para o MP foram desviados R$ 740mil”, disse o prefeito, informando que esse montante  desviado dos cofres do município está relacionado a um posto de combustível da cidade e também à compra de peças em Campo Grande e em Dourados.