Policial

Peça-chave da Omertà é alvo da Operação E$quema S por lavagem de dinheiro e peculato

Advogado seria elo que resultou na morte de filho de PM



Operação foi realizada nesta quarta-feira (Foto: Divulgação, PF)



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Alvo da Operação E$quema S, um desdobramento da Lava Jato realizada nesta quarta-feira (9), o advogado Antônio Augusto de Souza Coelho é citado na denúncia da Omertà. Isso porque a amizade entre ele e o capitão reformado Paulo Roberto Xavier motivado a execução do filho do militar, por engano, em abril de 2019.

Conforme a denúncia do MPF (Ministério Público Federal), o escritório de advocacia de Antônio recebeu valores milionários da Fecomércio (Federação do Comércio) do Rio de Janeiro. Isso, configurando por 6 vezes o crime de lavagem de dinheiro e 5 vezes peculato, tornando o advogado alvo da operação da Polícia Federal.

Assim, foi apontado que Antônio havia sido contratado pelo chamado Núcleo Duro da organização criminosa. Ainda segundo a denúncia, o grupo integrado por advogados desviava os valores tanto da Fecomércio quanto do Sistema S (Senac e Sesc do Rio de Janeiro).

 

Com isso, foram mais de R$ 151 milhões desviados pela organização criminosa. Assim, foram 26 denunciados no total. Citado nos autos das 510 páginas da denúncia, Antônio teria recebido, junto com outros dois escritórios, R$ 83 milhões. Estes valores teriam sido recebidos a pretexto de serviços jurídicos que não foram prestados.

Citado na Omertà

Logo na primeira fase da Operação Omertà, o nome de Antônio Augusto surge como uma das peças-chaves na investigação da morte de Matheus Coutinho Xavier. Isso porque o advogado foi procurador da AFUPM (Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial), quando teria feito negócios com a família Name.

No entanto, os negócios não foram bem e a família teria sido prejudicada financeiramente. Isso acabou gerando um sentimento de rivalidade com o advogado, que mais tarde veio a ganhar proximidade de Paulo Xavier. Este, por sua vez, já tinha prestado serviços à família Name anteriormente.

 

Ainda conforme o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), PX passou a prestar serviços a Antônio Augusto, deixando de atender à família Name, o que teria gerado uma revolta e sentimento de traição. Assim teria surgido a ordem de execução a Paulo Xavier que, mais tarde, viria a resultar na morte do filho dele por engano.