Policial

Jamil e filho ficam em processo separado sobre execução de filho de PM e Campo Grande

Três suspeitos de participarem de execução foram ouvidos pela Justiça nesta terça



Matheus estava em caminhonete, quando foi alvejado. Foto: Divulgação



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Acusados de integrarem uma milícia armada, Eurico dos Santos Mota, Vladenilson Daniel Olmedo e Marcelo Rios, foram ouvidos nesta terça-feira (23) sobre a execução de Matheus Coutinho Xavier, em Campo Grande, que aconteceu em abril de 2019. Os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho, que chefiavam a milícia, tiveram o processo desmembrado e serão ouvidos posteriormente.

Isso porque, segundo os advogados de defesa, não houve tempo para que conversassem com seus clientes. A defesa alegou empecilhos causados pela pandemia, que também ocasionou a dificuldade nos voos. Jamil Name está custodiado no Presídio Federal de Mossoró (RN).

Conforme o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, o processo de Eurico, Vladenilson e Marcelo seguem normalmente. Eles foram ouvidos por videoconferência nesta terça-feira e prestaram esclarecimentos sobre a morte de Matheus, filho do capitão reformado da Polícia Militar Paulo Roberto Teixeira Xavier. O jovem teria sido morto por engano, já que o alvo seria Paulo Xavier.

 

Para não prejudicar os outros réus que foram interrogados hoje, a Justiça determinou um prazo de 20 dias para que os advogados conversem com Jamil Name e filho, sendo que os empresários serão ouvidos pela Justiça em outra data.

Jamil tenta transferência para o presídio em Campo Grande e teve decisão decisão favorável do ministro do STF (Superior Tribunal Federal) Marco Aurélio. No entanto, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) se manifestou na tentativa de barrar a transferência do preso.

Na peça, encaminhada ao juiz de Direito da 1ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, o MPMS requer a inclusão de Name no Sistema Penitenciário Federal em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). Isso tudo alegando fatos novos que no entendimento do órgão deveriam barrar o habeas corpus.

As promotoras afirmam que, mesmo recolhido no presídio federal, Jamil Name teria cometido delitos graves, como as ordens de assassinato encontradas em um papel higiênico naquela unidade. O fato foi o que desencadeou a segunda fase da Operação Omertà, em fevereiro deste ano, e também levou à terceira fase, deflagrada no dia 18 de junho.