Política e Transparência

Vida vale mais de R$ 1,50, diz Marquinhos ao criticar pessoas sem máscaras nas ruas

Pessoas citam falta de dinheiro, mas este seria o custo de pedaço de tecido segundo o prefeito



Marquinhos Trad (PSD) nesta quinta-feira (30) em Live. (Foto Reprodução)



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“Não é possível que uma pessoa para cuidar da sua própria vida não invista nela R$ 1,50. A sua vida vale mais do que isso. Se você não tem esse valor, eu acredito, mas use um pedaço de tecido que você tem na sua casa com barbantes para proteger as suas vias respiratórias”, comentou o prefeito Marquinhos Trad (PSD) nesta quinta-feira (30) ao observar que as pessoas nas ruas estão usando como desculpa para não usar máscaras a falta de dinheiro.

De acordo com o prefeito, não é preciso comprar máscara cirúrgica, mas é preciso ter uma barreira física, de tecido, para evitar falar perto das pessoas, já que podem existir contaminados sem sintomas espalhando o novo coronavírus pela cidade, sem saber.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o índice de contaminados sem sintoma nenhum pode chegar a 70% dos infectados. “Proteja suas vias respiratórias. Por amor à sua família e a você, ao próximo. Você próprio pode fazer na sua casa. É um meio muito eficiente. É mais eficiente e e eficaz, até agora, do que o isolamento e quarentena”, afirmou.

 

No entanto, infectologistas alertam que a informação não é correta. Isso porque as pessoas caem na falsa sensação de segurança por estarem usando as máscaras e podem relaxar com as medidas mais robustas, que vão impactar a cadeia de transmissão, como o isolamento.

“Essas medidas são o isolamento social, a higienização frequente das mãos com água e sabão, ou álcool gel a 70%, evitar ao máximo tocar o rosto e, caso seja inevitável sair de casa, manter o  distanciamento de, no mínimo, dois metros de outras pessoas”, alerta a Sociedade Brasileira de Infectologia.

A Prefeitura fez compra de máscaras para distribuir nos terminais, que ainda não foram entregues pela alta demanda no país todo por conta do novo coronavírus. “Mas assim que chegar nós vamos distribuir. Enquanto não tem, não deixem de se proteger, de fazer sua máscara em casa mesmo, com uma camiseta que não use mais”, orientou o prefeito.

6 a cada 10 usam máscara

Marquinhos informou que 6 a cada 10 pessoas estão usando máscaras no Centro, segundo levantamento feito nesta quinta pela administração municipal. Nos ônibus, ela passa a ser obrigatória a partir de segunda-feira (4) a pedido dos usuários do transporte, segundo o prefeito.

Até então, os coletivos só poderiam manter passageiros sentados e não havia exigência no uso dos equipamentos de proteção individual. Segundo decreto divulgado no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), desta quinta-feira (30), poderão ser usadas máscaras descartáveis, reutilizáveis ou caseiras.

Nos micro-ônibus, só três pessoas poderão ficar de pé durante o trajeto; nos veículos considerados leve ou médio, fica autorizado o transporte de, no máximo, cinco passageiros em pé. Os ônibus alongados poderão transportar sete usuários em pé. Nos veículos classificados como ‘executivo’, não haverá transporte de pessoas sem que todas estejam sentadas.