Política e Transparência

Após impasse, empresa vence licitação de R$ 3,5 milhões do Aquário do Pantanal

Primeira tentativa fracassou após concorrentes não apresentarem documentação exigida



Obras foram retomadas em agosto de 2019 - Arquivo/Correio do Estado



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A empresa Aluminum Comunicação Visual venceu licitação do governo de Mato Grosso do Sul para conclusão do revestimento de alumínio composto dos forros internos (do auditório e da biblioteca) e das monocapas do Centro de Estudos e Pesquisas da Ictiofauna do Pantanal, o Aquário do Pantanal, por R$ 3,5 milhões. O aviso de resultado foi publicado na edição desta quinta-feira (26) do Diário Oficial Eletrônico (DOE).

Esta era a segunda tentativa do Estado para contratar uma empresa para este serviço. Como noticiou o Correio do Estado, em setembro de 2019, o governo abriu o certame, mas as duas concorrentes foram inabilitadas pela Comissão de Licitação por ausência de cumprimento de exigências previstas no edital, como a falta de documentação. Elas tiveram prazo para se adequarem, mas não apresentaram a documentação necessária e o processo foi então considerado deserto.

No mês de dezembro, outra concorrência foi aberta, e entraram na disputa três empresas: Alubond Indústria e Comércio, Aluminum Comunicação Visual e Salver Construtora. Porém, após a entrega das documentações, no dia 20 de janeiro deste ano, a empresa Alubond recorreu da decisão de habilitação das outras empresas participantes (Aluminum e Salver).  

Por conta disso, foi aberto prazo de cinco dias para que ambas recorram contra o recurso, o que aconteceu, e agora a pasta analisa os pedidos das empresas. Agora, a Aluminum acabou vencendo a licitação de R$ 4,4 milhões, oferecendo R$ 3,5 milhões.

HISTÓRICO

Iniciada em 2011, a obra estava parada desde 2014 e sofreu com o desgaste em decorrência do tempo e do abandono e foi retomada em agosto de 2019. Orçada inicialmente em R$ 84.749.754,23, a obra inacabada já consumiu mais de R$ 240 milhões do cofre do governo do Estado.

Em um novo levantamento, realizado no ano passado, foi apontado que seriam necessários R$ 40 milhões para recuperar o que foi danificado com o tempo e concluir a construção.  

“Sobre investimentos anteriores, a atual gestão do Governo do Estado não se pronuncia e se restringe a falar apenas dos valores de retomada de obra”, diz nota da Agesul divulgada em fevereiro.

Instalado no Parque das Nações Indígenas o centro de pesquisa contará com 32 tanques (24 internos e oito externos) da ictiofauna pantaneira (peixes e répteis), mais de 5,4 milhões de litros de água e um sistema de suporte à vida com condições reais do habitat.

O objetivo é fazer do espaço um centro de referência em pesquisas e, para isso, o empreendimento também terá um museu interativo, biblioteca, auditório com capacidade para 250 pessoas, sala de exposição e laboratórios de pesquisa para estudantes, cientistas e pesquisadores.