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Combustíveis: Redução de preços nas refinarias ainda não chegou aos postos

Sinpetro diz que reflexo nas bombas leva até dez dias



Preço ainda não foi reduzido na Capital - Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado



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O preço do litro da gasolina em Campo Grande não apresentou redução até a tarde desta terça-feira. A Petrobras informou na quinta-feira (12) que faria uma redução de 9,5%, ou R$ 0,1600, no preço do litro da gasolina, e de 6,5% no do diesel, R$ 0,1250, nas refinarias a partir de sexta-feira (13). Outro fator que poderia resultar na queda dos preços é a redução de 40% no consumo.  

A queda divulgada pela estatal vem em resposta à drástica redução no preço do petróleo no mercado internacional e também diante do avanço do coronavírus no mundo e seus possíveis impactos na atividade econômica global. De acordo com o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência (Sinpetro), Edson Lazarotto, leva até dez dias para que a queda dos preços seja sentida nas bombas.

“A redução ou o aumento sempre ocorrem no início da cadeia produtiva, ou seja, na refinaria, depois passa para a logística, distribuidora em São Paulo, vem para a base de Campo Grande, onde ocorre a mistura de 27% do álcool, para depois ser vendida e atender aos pedidos dos postos. Toda essa movimentação leva em torno de 5 a 10 dias, dependendo dos estoques das distribuidoras”, explicou Lazarotto.  

Segundo estimativa do Sinpetro-MS, o litro do combustível deveria ser reduzido em R$ 0,11, mas, na prática, não deve passar de R$ 0,05. “No dia 16 de março, entrou a nova pauta fiscal do governo (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que aumentou R$ 0,06, portanto, deve ocorrer uma redução nos próximos dias da ordem de R$ 0,05, na mesma proporção também com o diesel. E o Etanol, em razão da entressafra, continua com preços elevados, tanto que a pauta do ICMS se manteve a mesma (R$ 3,678)”, afirmou Lazarotto.

CONSUMIDOR

Pesquisa realizada pela reportagem do Correio do Estado nos postos da Capital apontou o preço médio do litro da gasolina em R$ 4,380 nesta terça-feira. O menor valor praticado foi encontrado em posto localizado na esquina das ruas Rui Barbosa e 26 de Agosto, R$ 4,349; no dia 22 de fevereiro, o litro do combustível era comercializado a R$ 4,397 no local. Já o maior valor praticado encontrado foi de R$ 4,429, em estabelecimento localizado entre as avenidas Calógeras e Fernando Corrêa da Costa, enquanto no dia 22 do mês passado custava R$ 4,379. Considerando os valores para pagamento à vista.

O litro do diesel foi cotado a R$ 3,65 em média. O maior preço foi encontrado em estabelecimento da Avenida Calógeras, esquina com Rua da Liberdade, de R$ 3,899, o mesmo valor do dia 22 de fevereiro. O menor preço para o litro encontrado nesta terça-feira foi de R$ 3,585, em endereço localizado na Rua Rui Barbosa. No dia 22 de fevereiro, o litro custava R$ 3,760.

CORONAVÍRUS

Com a orientação do Ministério da Saúde para evitar aglomerações a fim de que a contaminação por coronavírus não se alastre, o representante dos postos de combustíveis estima uma queda de 40% na movimentação.  

“Além disso, após o efeito do coronavírus, já computamos a redução de volume de vendas em torno de 40%, pois há escolas e faculdades sem funcionar, empresas liberando funcionários, aeroportos vazios, tudo tem consequências. Quanto ao abastecimento, é muito pouco provável, pois, como citei acima, o volume de comercialização está caindo diariamente”, explicou Edson Lazarotto.