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Pesquisa recente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) mostra que 2020 é um ano bastante interessante para os pequenos negócios.

Internamente, há uma expectativa de crescimento de 2,5% da economia nacional, que favorece as micro e pequenas empresas voltadas para o mercado doméstico.

Externamente, os Estados Unidos se confirmam como a principal economia mundial e importante destino das exportações das Micro e Pequenas Empresas (MPE) brasileiras, sendo uma excelente oportunidade de crescimento para o setor que quer ter ganhos em dólar.

Somente em 2019, o Brasil exportou quase US$ 27 milhões para esse país.

O leste asiático, por sua vez, surge como uma grande promessa para as exportações em 2020. Isso porque a economia desses países, somadas, estão prestes a superar o PIB (Produto Interno Bruto) de todo o restante do mundo.

Segundo especialistas, o “Século da Ásia” não está longe de começar e a China pode ultrapassar os EUA como a maior economia do mundo. Essa expansão contribui para a dinamização de outros países do mesmo continente.

As MPE mais promissoras para o período são aquelas que oferecem serviços pessoais e prestação de serviços para outras empresas nas áreas de saúde, educação e transporte, bem como aquelas que oferecem atendimento das necessidades básicas da população, serviços especializados para a construção civil e o agronegócio, que se beneficiará da safra recorde prevista.

Planejando a exportação
 

Os pequenos negócios interessados em explorar o mercado externo precisam primeiro responder perguntas básicas como: por que exportar? O que exportar? E para onde exportar?

Depois é preciso verificar a capacidade de exportação da empresa, consultar barreiras tarifárias e não tarifárias do país pretendido, elaborar um plano de internacionalização, checar se o preço do produto é competitivo no mercado externo e se o produto está inserido em alguma preferência tarifária.

Outro fator fundamental é fazer uma pesquisa de mercado para selecionar mercados, identificar tendências, reconhecer a concorrência e avaliar as oportunidades e ameaças.

Tudo isso considerando as condições geográficas do país-alvo, como população, cultura, religião, economia, meios de transporte e de comunicação, organização política e administrativa.

Formar preço

Para fazer a composição do preço para o mercado externo é preciso eliminar todos os itens agregados ao preço do mercado interno e que não ocorrerão na exportação do produto.

Além disso, é preciso adicionar a esse valor os elementos que não fazem parte do preço interno, mas deverão compor o preço para a venda no exterior.

É preciso estar atento às taxas e impostos e se manter em dia com a Receita Federal, emitindo corretamente a Nota Fiscal para a exportação de serviços, evitando problemas futuros.

Classificar a mercadoria

A classificação da mercadoria no mercado externo permite determinar os direitos aduaneiros incidentes sobre a operação de importação e exportação, coletar dados estatísticos, fazer o enquadramento da mercadoria em tratamentos administrativos obrigatórios e aplicar algum tratado internacional celebrado no Brasil.

Para isso é necessário conhecer a especificações da mercadoria e o alcance do código da Nomenclatura onde ela será inserida.

Trata-se de uma padronização que permite a identificação da mercadoria no exterior, para facilitar o comércio entre as nações, apesar de todas as diferenças linguísticas.

Fazer o financiamento

Os mecanismos de financiamento permitem melhores condições de competitividade na comercialização com o exterior.

As diversas modalidades de financiamento propiciam aos exportadores recursos para a produção e comercialização de seus produtos enviados para fora do país.

Promover o produto

As políticas de promoção dos produtos no mercado externo são fundamentais para garantir a competitividade, visto que as exportações têm crescido a cada ano, aumentando a quantidade de mercadorias similares disponíveis no mercado.

As práticas reconhecidas pela OMC (Organização Mundial de Comércio) são baseadas em diversas ações como pesquisa de mercado, missões comerciais, feiras comerciais, escritórios de promoção no exterior, programas de financiamentos para atividades relacionadas à exportação, seguro de crédito às exportações, redução tarifária e zonas de livre comércio.

Negociar com o importador

Essa é uma das principais etapas da exportação e envolve desde os contatos preliminares até o fechamento do negócio.

Para obter sucesso nessa operação é fundamental que o exportador leve em conta a cultura do país, os horários ideais para estabelecer contato, as regras de etiqueta e os costumes do país-alvo.

Desrespeitar alguma dessas questões pode colocar tudo a perder.

São indispensáveis para uma negociação de sucesso como a classificação da mercadoria, a embalagem, as condições de venda, o preço de exportação, a modalidade de pagamento, o prazo de entrega etc.

Com todas essas etapas cumpridas resta operacionalizar a exportação, baseado nas exigências da DU-E (Declaração Única de Exportação).