Policial

Presos na investigação do assassinato de Leo Veras serão levados para presídio

Foram indiciados por associação criminosa e pela Lei das Armas



Jornalista foi assassinado com 12 tiros (Arquivo)



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Os nove presos detidos durante uma megaoperação feita no último sábado (22), em Pedro Juan Caballero na fronteira com Ponta Porã a 346 quilômetros de Campo Grande, serão levados para a penitenciária de Tacumbú e no caso da mulher presa para a penitenciária de Bom Pastor.

Oscar Duarte, Arnaldo Colman, Anderson Rios, Paulo Sespedes, Sanção de Souza, Luiz Fernando Leite, Marco Aurélio Vernequez e Cyntis Raquel Pereira foram indiciados por associação criminosa e pela Lei das Armas.

Segundo o ABC Color um dos presos seria um menor, um adolescente de 17 anos, mas o promotor paraguaio Marcelo Pecci disse que no momento de sua detenção, o causado havia informado que tinha 18 anos. Foi solicitado ao governo brasileiro a documentação do acusado, que para a justiça do país se trata de maior de idade.

 Durante a megaoperação foram encontrados pistolas e fuzis, além de grande quantidade de munições. As buscas feitas em 19 endereços de Pedro Juan Caballero também localizaram um Jeep Renegade branco, suspeito de ter sido usado pelos pistoleiros que executaram Leo Veras.

A operação denominada Alba foi comandada pelo promotor Marcelo Pecci e contou com a participação de oficiais do Departamento Contra o Crime Organizado, Investigações de Amambay, Fope e Grouping Falcon.

Prisões

As prisões aconteceram após a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) divulgar que os tiros que atingiram o jornalista brasileiro assassinado Lourenço Veras, o Léo Veras, de 52 anos, foram disparados de uma pistola Glock 9 mm. Esta mesma arma foi utilizada em execuções de ao menos outras sete pessoas na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, vizinha a sul-mato-grossense Ponta Porã, cidade a 314 quilômetros de Campo Grande.

Todos os crimes estariam relacionados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo a Associação. Exame de balística forense feita em na capital Assunção, identificou em cartuchos recolhidos na casa de Léo, o mesmo padrão de marca produzido pelo percussor da pistola no instante do disparo, que é uma espécie de impressão digital, única para cada arma.

 

A execução

Ao menos quatro pessoas teriam participado do homicídio. Leo estava em casa, jantando com a família, quando o grupo invadiu o local, na noite de quarta-feira (12). Um dos autores ficou no veículo modelo Jeep Grand Cherokee usado no transporte, e outros três realizaram o ataque. Logo ao levar os primeiros tiros, Léo correu para os fundos da residência, uma área escura, na tentativa de se proteger, mas foi perseguido.

Lá, os criminosos os terminaram de matá-lo com o total de 12 disparos. Em seguida o amordaçaram. Vídeos do local do crime divulgados logo após o assassinato mostram um pano branco, ensanguentado, que foi usado para tapar a boca do jornalista. A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) acompanha o caso e divulgou nota oficial afirmando que não aceitará que o crime fique impune.