Policial

Tentava reatar de maneira violenta', diz polícia sobre ex morto por major

Os dois, segundo a polícia, se relacionaram por pouco mais de 3 meses. O homem não aceitava o fim do relacionamento



Hilário chegou a ser socorrido à Santa Casa, mas não resistiu (Foto: reprodução/Facebook)



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'Tentava reatar de maneira abusiva e violenta', disse nesta manhã em coletiva de imprensa, a delegada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Fernanda Félix, sobre o caso da major de 46 anos, que matou o ex-namorado, Hilário Bueno de Camargo, 52 anos, para se defender. O caso aconteceu por volta das 16h30 de ontem (20), na Rua Canela, na Vila Carvalho, em Campo Grande.

Segundo a delegada, responsável pelo caso, no dia 14 de setembro do ano passado, a major registrou boletim de ocorrência contra Hilário cárcere privado, lesão corporal, ameaça e injuria. À época, a vítima contou que estava em um churrasco na casa de amigos, quando Hiláro, então namorado, teve uma crise de ciúmes dizendo que a namorada estava muito bonita provando olhares de outros homens. Os dois foram embora e contiguaram a discussão. Naquele dia, a vítima foi mantida  refém por 7h, agredida verbal e fisicamente com chutes e socos.

Testemunhas confirmaram o fato. Foi solicitado, então, medida protetiva que impedia o homem de se aproximar e manter contato com a major. Na ocasião ele não foi encontrado, mas a medida foi citada em edital. 'O inquérito foi concluído e Hilário indiciado', explicou. A delegada contou ainda que a ex-mulher de Hilário sofreu violência doméstica durante 12 anos e se dispôs a testemunhar a favor da major no decorrer do inquérito policial. Hilário era representante comercial.

'Ele não aceitava o fim do relacionamento, não respeitava a medida protetiva e insistia em procurá-la. Ontem, segundo a polícia, Hilário arrombou o portão para ter acesso à casa da major. Ela não estava em casa e quando chegou se deparou com o ex armado com uma faca. Os dois discutiram e o ex-foi para cima da policial. 'Acreditamos plenamente que houve legítima defesa. O único meio que ela tinha para se defender era a arma', disse a delegada.  Hilário tinha passagem pela polícia por lesão corporal (2016), vias de fato (2017) e sequestro e cárcere privado (2019).

Corregedoria - Inicialmente, o comando da Polícia Militar, via assessoria, havia informado que a Corregedoria iria instaurar inquérito para investigar o caso. Uma hora e meia depois, a PM encaminhou outra nota, informando que, 'a Corregedoria da PM/MS acompanhou In Loco toda a situação, e como a Major havia feito um boletim de ocorrência anteriormente, ficando assim resguardada, foi vitima do fato. Sendo assim, todo o procedimento investigatório será realizado pela policia civil. Portanto, a major não será afastada, a não ser que haja vontade própria devido à situação psicológica'.