Policial

Polícia já tem pistas de pistoleiros que executaram jornalista na fronteira com MS

Crime organizado que atua no norte do Paraguai está por trás do crime



Jornalista Léo Veras (Arquivo Pessoal)



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A polícia paraguaia já teria pistas dos assassinos do jornalista Leo Veras morto com 12 tiros, na noite desta quarta-feira (12), em sua casa em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã. O crime seria por causa de publicações feitas pelo jornalista que denunciavam o crime organizado na fronteira.

A polícia paraguaia disse na manhã desta quinta-feira (13), que não sabia que o jornalista estava sofrendo ameaças, e que só tomou conhecimento dos fatos depois que foram informados pela família do jornalista. Leo tinha proteção policial, que foi retirada há oito anos. Não se sabe os motivos para a proteção do jornalista ter sido retirada.

Ignácio Vilalba, chefe da polícia no Paraguai disse ao ABC Color que estão fazendo todo o possível para encontrar os assassinos do jornalista, e que já possuem características e pistas dos autores que executaram Leo Veras. Por trás do crime estaria o crime organizado que atua no norte do Paraguai.

Leo vinha publicando várias matérias denunciando o crime organizado na fronteira, e isso seria a causa de seu assassinato. Em um vídeo que circulou nas redes sociais, o jornalista pediu para que sua morte não fosse tão violenta, “por que aqui se um pistoleiro quer te matar, ele vem na sua porta, manda você abrir e te dá um tiro”, disse no vídeo.

Leo foi atingido por 12 tiros, sendo que um foi na cabeça pelas costas quando ele já estava caído no chão, o que demonstra que o jornalista tentou fugir dos pistoleiros. Todos os tiros foram disparados pelas costas de Leo, que chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu e morreu.

Os três pistoleiros encapuzados estavam em um Jeep Grand Cherokee. Nos últimos dias, Léo Veras concedeu entrevista à emissora Record no programa Domingo Espetacular, em uma matéria especial sobre respeito do tráfico de drogas e violência na fronteira.