Policial

Grupo do PCC planejava matar 12 servidores de MS é desarticulada na PED

O grupo será interrogado e indiciado pelos crimes de ameaça e organização criminosa



Penitenciária Estadual de Dourados foi alvo de ação - Crédito: Arquivo/Dourados News



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Operação Impetus desencadeada na manhã desta quarta-feira (20/3) por policiais civis da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), desarticulou ‘central de inteligência’ da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) que funcionava na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) e na Máxima de Campo Grande. 

De acordo com nota encaminhada pela Polícia Civil, 12 servidores de segurança pública em Mato Grosso do Sul eram alvos da ação. 

Três internos da Capital, identificados como Augusto Macedo Ribeiro, o ‘Abraão’, Laudemir Costa dos Santos, o ‘Dentinho’ e Willyan Luiz de Figueiredo, conhecido como Daniel, foram levados à Deco. 

O mesmo ocorreu com Diego Duveza Lopes Nunes, conhecido como ‘Pitbull’ e Wantensir Sampatti Nazareth, o ‘Inverno’, que deixaram a PED rumo a mesma delegacia na Capital.

O grupo será interrogado e indiciado pelos crimes de ameaça e organização criminosa. 

Esquema

A central foi montada de forma compartimentada e reservada dentro da própria facção criminosa, onde presos com funções de liderança recrutaram integrantes do PCC distribuídos entre os sistemas fechado, aberto e semiaberto, bem como, alguns simpatizantes. 

Durante as ações, eles repassavam a missão, batizada ‘salve do quadro’, para que levantassem de forma sigilosa os mais diversos dados pessoais e profissionais em torno de servidores para que pudessem planejar os atentados.

A investigação durou quatro meses e constatou que a central foi montada especificamente para levantamentos de dados e os integrantes utilizavam-se de técnicas avançadas e atuais, com pesquisas aprofundadas em diversas fontes, dentre elas, redes sociais e fontes oficiais. 

Também eram realizados por parte da facção, levantamentos de campo a partir do que haviam apurado, incluindo fotos e vídeos da rotina desses servidores alvos, junto de familiares, parentes, amigos e colegas de profissão.  

De acordo com a Polícia Civil, as ações contra os servidores – batizados pela facção como ‘opressores da irmandade’ - estariam prestes a acontecer. 

Ação criminosa semelhante a desarticulada pela Deco nesta quarta já havia sido instalada em outros Estados, resultando na execução e morte de três servidores de presídios federais.

O nome da Operação, Impetus, significa contra-ataque.