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Mito ou verdade: Coronavírus pode ser transmitido por encomendas vindas da China?

Com os quatro cantos do mundo em alerta por conta da doença, os compradores sul-mato-grossenses enfrentam medo de comprar em sites da China



Consumidores estão receosos em comprar produtos da China com medo de contrair o novo Coronavírus | Foto; Ilustração



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O novo coronavírus já matou mais de 400 pessoas e, no Brasil, 9 casos suspeitos ainda seguem em monitoramento pelo Ministério da Saúde. A preocupação com a doença está pelos quatro cantos do mundo e no país chegou até aos consumidores do Mato Grosso do Sul que compram frequentemente em sites da China.

A dúvida sobre comprar da China, como no famoso site Aliexpress, tem colado medo nos compradores: afinal, tem algum risco de pegar Coronavírus através de encomendas vindas da China?

“Gente, sério, será que é seguro continuar comprando da China?” questiona uma internauta de Campo Grande nas redes sociais. Apesar do risco de a doença ter sido potencializada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o órgão tranquilizou os “viciados' em compras asiáticas: não há nenhum risco e os compradores podem continuar se esbaldando nos produtos baratinhos.

A OMS esclarece que, de acordo com experiência de outros coronavírus, foi comprovado que esses tipos de vírus não sobrevivem por muito tempo em objetos, como cartas ou pacotes.

“Não há, até o momento, evidências para apoiar a transmissão de 2019-nCoV associado a mercadorias importadas, devido à baixa capacidade de sobrevivência desses coronavírus nas superfícies, e não há casos registrados dessa forma de transmissão', disse SES (Secretaria Estadual de Saúde).

Procedimento na entrega

Como foi comprovado que o vírus não se transmite e nem sobrevivem por muito tempo nas encomendas exportadas da Ásia, algumas empresas de logística ou até mesmo agências dos Correios no país podem optar por se proteger.

“Caso haja o interesse de servidores e trabalhadores que atuam no tratamento de remessas expressa e postais e na inspeção física de cargas provenientes da China em adotar precauções adicionais, orienta-se a utilização de máscaras cirúrgicas e luvas', esclareceu SES.

Cuidados em MS

Em Mato Grosso do Sul, a SES-MS (Secretaria Estadual de Saúde) já orientou os municípios do estado e conta com apoio técnico do Hospital Universitário. Conforme a assessoria de imprensa da secretaria, o Estado está preparado para atender os casos suspeitos do vírus, de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde e, com o auxílio de um especialista em infecção, já conversou com todas as 79 cidades de MS.

“A SES está acompanhando a situação e elaborando estratégias de ações referente ao Coronavírus. Foi encaminhada nota técnica aos profissionais de saúde dos 79 municípios orientando sobre como proceder com os casos suspeitos e de como proceder com a coleta de amostras para exames', disse trecho de nota.

Caso algum paciente apareça com os sintomas do vírus, ele deverá ficar em isolamento na unidade onde deu entrada e, caso seja necessário a transferência, ele será encaminhado para o hospital de referência de cada microrregião. Para a investigação e análise dos casos, a SES está contando com o apoio dos médicos infectologistas do HU.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) publicou uma orientação através das suas redes sociais e reforça que não há motivo para pânico, afinal, ainda não há nenhum caso confirmado de coronavírus na América do Sul. Em caso de atendimento de casos suspeitos, a orientação no atendimento é de isolamento do paciente. É preciso utilizar máscara cirúrgica e o paciente deve ser mantido em um quarto privativo.

Origem

Ainda não se sabe exatamente a origem do vírus. Ele foi identificado pela primeira vez durante uma investigação laboratorial de casos de pneumonia em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, na China. Desde então, milhares de casos foram confirmados.

Autoridades chinesas informam que até o momento, 132 pessoas morreram em decorrência do surto de coronavírus. O número de infecções confirmadas já chega a 5.974, com mais de mil pessoas em estado grave.

Como a doença é nova, não há vacina ou medicamento específico até o momento. Cientistas, universidades e centros de controle de doenças de vários países estão em busca de formas de neutralizar o vírus.