Saúde

Coronavírus: Reunião entre Ministério e secretários pode anunciar linhas de financiamento

Titular da Sesau confirmou participação junto à comitiva de MS



Foto: Reprodução



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Está prevista para o próximo dia 6 de fevereiro uma reunião entre o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e secretários estaduais de saúde, a fim de discutir estratégias de contenção ao coronavírus. A expectativa é que, no encontro, os secretários respondam sobre a estrutura de cada Estado, como hospitais de referência e laboratórios, bem como esquemas para uniformização de notificações de casos suspeitos e confirmados.

De acordo com o titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), José Mauro Pinto de Castro Filho, que acompanhará a comitiva de MS na reunião desta quarta-feira, há possibilidade de que linhas de financiamento específicas sejam anunciadas, como forma de garantir que a estratégia de contenção do coronavírus seja continuada, conforme a capacidade de cada secretaria estadual.

“Essa reunião será tanto para haver um posicionamento uniforme em relação ao coronavírus, assim como para ver que linhas de financiamento podem ser implantadas em caso de necessidade”, destacou o secretário. Ele também mencionou que o protocolo a ser informado poderá, inclusive, descrever que EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) devem ser utilizados caso o coronavírus seja confirmado no país.

José Mauro também pontuou que Campo Grande já dispõe de estrutura básica capaz de enfrentar um surto de coronavírus, basicamente porque a forma de ação deverá ser muito semelhante à da influenza. “Diria que Campo Grande está preparada”, concluiu.

Centro de Operações de Emergência

Vale lembrar que a SES (Secretaria de Estado de Saúde) publicou no último dia 31 de janeiro resolução que cria o COE (Centro de Operações de Emergência) referente ao novo coronavírus, em caráter emergencial, que deve coordenar e executar ações de saúde junto a grupos que atuam em situação emergencial relacionadas ao coronavírus.

 

O centro também deve elaborar notas técnicas ou informativas de procedimentos segundo classificação de emergência e ações de resposta rápida ao coronavírus, além de dar apoio aos municípios, fazer a distribuição e controle de medicamentos, insumos e produtos para abastecimento da população e, por fim, capacitar recursos humanos para atuação frente à Epidemia na vigilância, diagnóstico e tratamento coronavírus.

16 casos suspeitos

O Ministério da Saúde atualizou em 16 o número de casos considerados suspeitos de coronavírus no país. Segundo o boletim, a unidade federativa que apresenta maior número de casos suspeitos é São Paulo, com 8 ocorrências. Duas suspeitas já foram descartadas no estado. O Rio Grande do Sul registra, neste momento, 4 casos suspeitos; outros três já foram descartados. Em Santa Catarina, até o momento, já foram levantadas 2 suspeitas; dois outros casos foram descartados. A lista inclui ainda o Paraná e o Ceará, com um caso suspeito em cada.

Os coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960 e já estiveram associados a outros episódios de alerta internacional nos últimos anos. Em 2002, uma variante gerou um surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars) que também teve início na China e atingiu mais de 8 mil pessoas. Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória no Oriente Médio que foi chamada de Mers.

A atual transmissão foi identificada em 7 de janeiro. O escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na China buscava respostas para casos de uma pneumonia de etiologia até então desconhecida que afetava moradores na cidade de Wuhan. Na última quinta-feira (30), a OMS declarou estado de emergência global em saúde devido ao coronavírus.