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Produtores dizem que Dourados está sitiada e temem danos ao desenvolvimento econômico

Os possíveis efeitos da insegurança jurídica estiveram em evidência em entrevistas e discursos nesta manhã



Foto: Divulgação



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Aproximadamente 70 pessoas, entre produtores rurais e autoridades do município de Dourados estiveram reunidas na manhã desta segunda-feira (27) para discutir sobre a situação de conflito vivenciada na região norte da cidade. 

Para os produtores rurais presentes, a situação vivenciada nas localidades pode interferir, mesmo que indiretamente, no desenvolvimento econômico de Dourados. Os possíveis efeitos da insegurança jurídica estiveram em evidência em entrevistas e discursos nesta manhã.  

O produtor rural, Darci Lago Decian, 56 anos, disse que há pelo menos 10 anos enfrenta casos invasões na propriedade herdada por seu pai que faleceu sem ter visto a situação ser resolvida. “É triste você passar por ali, ver uma terra que antes era produtiva estar do jeito que está”. 

Ele contou aos presentes que há muito tempo havia previsto a intensificação de conflitos, inclusive com confrontos abertos, como ocorreu no início deste mês na Perimetral Norte. “Quem é que vai querer investir em uma cidade igual Dourados, que está sitiada por índios? Eu se tivesse um dinheiro investiria em qualquer lugar, menos em Dourados”, relatou o proprietário rural.  

O presidente do Sindicato Rural, Lúcio Damalia, explicou que a meta do encontro que aconteceu na sede do Sindicato Rural de Dourados, localizado Parque de Exposições, foi de expor à sociedade civil o posicionamento da categoria a respeito da intensificação da tensão nas áreas próximas à Reserva Indígena. 

“Hoje chegou ao ponto até da imprensa estar sendo atacada. Isso tem que acabar e a polícia na medida do possível tem que nos dar apoio, mas ela também tem os limites legais”, disse o presidente do Sindicado Rural que abriu os discursos proferidos na reunião.  

Estavam presentes na mesa de autoridades representadas do DOF (Departamento de Operações de Fronteira); da Força Nacional; representantes da Prefeitura de Dourados, da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul; do SIG (Setor de Investigações Gerais); da Aced (Associação Comercial e Empresarial de Dourados); da 4ª Subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil);  além da presença do deputado estadual Renato Câmara (MDB) e do presidente da Câmara Municipal, Alan Guedes (DEM).