Policial

Motorista invade canteiro bêbado e é preso por ofensa racista a bombeiro em MS

Para ser liberado, o autor, que é marinheiro, pagou fiança de quase R$ 5 mil nesta segunda-feira



Acidente aconteceu na Avenida Rio Branco, em Corumbá (Foto: Diário Corumbaense)



Curta nossa Fan Page e fique por dentro de tudo que acontece em Itaporã, Região, Brasil e Mundo!


Militar do Corpo de Bombeiros, de 44 anos, foi vítima de injuria racial ao atender um acidente de trânsito em Corumbá – a 446 quilômetros de Campo Grande – neste domingo (29). Depois de invadir o canteiro de avenidas da cidade e colidir em árvore, o motorista, visivelmente embriagado, ofendeu o bombeiro e ameaçou um policial militar de morte.

Conforme o boletim de ocorrência, registrado na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Corumbá, o marinheiro Fernando Santana, de 45 anos, colidiu com uma árvore da Avenida Rio Branco após perder o controle da direção e invadir o canteiro central. A equipe do Corpo de Bombeiros foi chamada para socorrer o motorista, mas alterado, ele não quis ser atendido e tentou deixar o local.

Neste momento, o sargento Clodoaldo Gomes da Silva tentou impedir Fernando, e foi ofendido. Conforme o relato à Polícia Civil,  o marinheiro o chamou de “negro, negrinho' e ainda o ameaçou: “se não sair da minha frente vou bater em você, vou matar você'.

O crime aconteceu na frente da Polícia Militar. Fernando ainda se negou a fazer teste do bafômetro e se alterou quando foi convidado para ir até a delegacia, está escrito no b.o. Por isso, precisou ser algemado, e ao chegar na delegacia ameaçou um dos policiais militares de morte. “Sua esposa vai ficar viúva, se cuida que vou te encontrar', teria dito.

Mesmo alterado, Fernando confessou que estava bebendo desde cedo e também que não tinha CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Na delegacia, ainda ofendeu toda a equipe de plantão e por conta disso, não prestou depoimento. Ele foi autuado em flagrante por embriaguez ao volante, injúria racial, ameaça e resistência.

Nesta segunda-feira (30), o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu que o marinheiro fosse liberado com medidas cautelares. A juíza Luiza Vieira Sá de Figueiredo concedeu alvará de soltura,  com pagamento de R$ 4,9 mil de fiança. Ele ainda está proibido de deixar a cidade, frequentar bares e boates e sair de casa de noite e em feriados.