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"Garanto que fiz o melhor Papai Noel que pude", diz ator sobre bom velhinho negro

Especial de Natal será exibido no dia 25 de dezembro, na Globo



Milton ficou feliz com a oportunidade de interpretar Papai Noel - Foto: Divulgação/Rede Globo



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Como em todo Natal, as emissoras de TV programam atrações temáticas. Fugindo um pouco do habitual, a Globo exibe na noite do dia 25, Juntos a Magia Acontece. Escrito por Cleissa Regina Martins, traz no elenco Zezé Motta, Camila Pitanga, Fabrício Boliveira, Luciano Quirino, Tony Tornado, as crianças Gabriely Mota e Ícaro Zulu, com participação especial de Aracy Balabanian, Francisco Cuoco, Alice Wegmann e Zezé Polessa. E, claro, Milton Gonçalves, que falou sobre a oportunidade de participar do programa, que lhe deu a oportunidade de vestir a roupa de Papai Noel.

Papai Noel poucas vezes foi representado por um homem negro. Como é para o senhor fazer esse papel nesse momento?

Desde menino eu gosto muito de criar personagens, mas esse em especial, mexeu muito comigo. Estar aqui hoje e fazer esse Papai Noel me emociona. É uma batalha de muito tempo. A gente tem que eliminar o medo, que batalhar e correr atrás do que a gente sonha, eu sempre fiz e garanto que fiz o melhor Papai Noel que eu pude.

Interessante como aquela menininha se identificou com a Maju Coutinho, no vídeo. É importante ter essa representatividade?

Qual criança preta não se questionou por que a figura do Papai Noel não se identifica com ela? Esse Papai Noel que eu estou criando me dá muita alegria, me dá muita emoção, porque quando eu era menino, o Papai Noel nunca aparecia entre nós aqui, digo isso, nenhum ódio ou raiva. Não tinha Papai Noel negro. Mas quando aparecia era alourado, era brancão, e nós os jovens tínhamos uma paixão por esse Papai Noel. E a presença dele significava para nós, não presentes, significava um abraço, às vezes um bolo, porque a minha família era muito humilde. Mas sendo o povo negro mais da metade da população brasileira, é muito importante nos vermos mais para que a gente possa se reconhecer, se identificar.

Como será a história do especial, é para fazer o público se emocionar?

Essa menina (Cleissa Regina Martins, a autora, de 24 anos) nos apresenta uma história muito especial. Orlando está perdido, depois da morte da mulher, e vai se reencontrar graças à neta, em meio a tudo isso, ela aborda, com muita delicadeza questões sérias.

Como é o Orlando, ele terá uma mensagem positiva?

Passei pela mesma dor que o Orlando quando perdi minha esposa, Oda. Ele tem de reaprender a viver, começar de novo. E todos ao redor dele também terão de rever suas vidas, às vésperas do Natal.

É uma história que pode ser atemporal, apesar do tema?

O que acontece com essa família pode se passar em qualquer tempo Mas alguns elementos tornam a história mais emocionante por serem no Natal.