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ESTADO GRAVE Criança adotada em MS é torturada pelos pais no Paraná

Casal foi preso e disse que bateu no menino para "disciplinar"; estado de saúde é grave



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Criança de 8 anos, adotada em outubro deste ano em Ladário, foi agredida e torturada pelos pais adotivos neste domingo (8), em Londrina, no Paraná. O menino está internado em grave e o casal foi preso e disse que o objetivo das agressões era “corrigir e disciplinar”.

Conforme informações da RPC Londrina, o casal tem a guarda provisória da criança desde o dia 18 de outubro de 2019. Ele é natural de Ladário e foi adotado de um abrigo em Corumbá pelo casal, que mora no Paraná desde maio desde ano, devido ao homem ter aceitado uma proposta de emprego no estado.

Ontem, os pais adotivos levaram o menino até o Hospital Evangélico e um enfermeiro acionou o Conselho Tutelar e denunciou que a criança tinha marcas graves de agressão e indícios de tortura. Quando conselheira chegou ao hospital, constatou que a criança tinha diversos hematomas pelo corpo e mordidas e chamou a Polícia Militar.

Pai e mãe adotivos confessaram à conselheira que bateram na criança, com chineladas, palmadas e mordidas, e, segundo eles, as agressões eram para corrigir a postura da criança.

Ambos foram presos e autuados em flagrante por tentativa de homicídio qualificado e tortura. Na delegacia de Polícia Civil, a mulher disse ainda que ela e o marido já haviam agredido o filho antes e que no último caso, o menino estava sendo levado para o quarto para ser “disciplinado”, quando correu em direção a porta gritando. “A gente levou para o quarto e disciplinou de uma forma errada, porque já estava com a cabeça estourada”, contou a mulher em depoimento.

Ainda no depoimento, a mulher disse que mordeu a criança para “ele se assustar e parar”. Menino foi agredido com chinelo e vara de plástico. Ele apresentava vários hematomas na cabeça, que segundo o pai, foram causados pela própria criança, que teria se jogado no chão e se debatido.

Por fim, o casal tentou justificar a agressão afirmando que se tornaram pais “de um dia para o outro” e se descontrolaram na tentativa de “disciplinar”, mas que não queriam machucar. 

Advogado do casal afirma que a criança mordeu o dedo da mãe e isso teria motivado as agressões, e, apesar de ambos confessarem terem batido com chinelo e vara, ele nega que houve espancamento.“São dois jovens que tiveram coragem de adotar uma criança que vem de outra adoção. Eles não queriam causar mal a criança. Nada justifica as agressões, mas é importante esperar o desenrolar dos acontecimentos para fazer qualquer tipo de julgamento”, disse.

O menino segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, em estado grave e sedado.