Economia I

Preço da carne pesou na inflação de outubro

Transportes e Vestuário também impactaram o índice mensal



Crédito: Divulgação



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Após deflação em agosto e setembro, na Capital a inflação voltou a ficar positiva em outubro e fechou em 0,26%, de acordo com o NEPS (Núcleo De Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da Uniderp. A taxa do IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor) é a mais baixa par ao período desde 2006, onde figurou -0,08%.

Para o coordenador do Núcleo, Celso Correia de Souza, o preço da carne foi primordial para o resultado.

 “Essa baixa inflação, precedida por duas deflações, deu um alívio financeiro aos consumidores, principalmente, para aquele que prioriza a cesta básica em suas compras, ou seja, o consumidor de menor renda. Mas os preços da carne bovina não ajudaram muito”, contextualizou.

Transporte, Vestuário e Alimentação também pesaram na retomada do aumento da inflação. “Por outro lado, a Habitação contribuiu para aliviar a alta do índice. Neste grupo houve a queda no preço da energia elétrica devido à troca da bandeira, que era vermelha patamar 1 em setembro, para amarela, reduzindo o preço do serviço em torno de 3,19%”, explicou.

Nos dez primeiros meses de 2019, o acumulado atinge 2,58%. Levando em consideração os últimos doze meses, a taxa está em 2,62%, ainda abaixo da meta inflacionária do Conselho Monetário Nacional (CNM) para o Brasil no ano de 2019, cujo centro da meta da inflação para o ano é de 4,25%.

Segmentos

O grupo habitação, que possui o maior peso de contribuição para o cálculo do índice mensal, apresentou pequena deflação de -0,24%. Os principais aumentos no grupo são: esponja de aço (4,03%), fósforos (2,95%) e lâmpada (2,44%). Quedas de preços ocorreram na oferta de energia elétrica (-3,19%), lustra móveis (-1,43%), vela (-1,15%), entre outros.

Diferente do que ocorreu em setembro, o índice de preços do grupo alimentação apresentou elevação de 0,74%, puxado pelos aumentos nos preços da carne bovina. Dos quinze cortes pesquisados pelo Nepes/Uniderp, 13 tiveram aumentos de preços e dois, redução. “A tendência é o aumento de preços da carne, pois, estamos saindo da entressafra do boi gordo, com reduzido número de animais para o abate e a aproximação das festas de final de ano aumenta muito o consumo. Há, ainda, a influência da exportação do produto, que deve encerrar 2019 com aumento de 10% em relação ao ano anterior”, esclarece Celso.

As majorações de preços ocorreram com: costela (10,23%), contrafilé (9,59%), paleta (6,61%), acém (5,15%), coxão mole (5,5%), picanha (3,34%), lagarto (2,34%), alcatra (2,31%), vísceras de boi (2,13%), peito (1,99%), cupim (1,51%), filé mignon (1,48%), e músculo (0,48%). Quedas de valor foram constatadas com fígado (-2,25%) e patinho (-0,26%). Quanto aos cortes de carne suína, os três cortes pesquisados tiveram reduções de preços: pernil (-3,57%), costeleta (-2,53%) e bisteca (-2,20%). Frango resfriado teve aumento de 2,02% e os miúdos de frango queda de (-1,36%).