Política e Transparência

Coamo: Esmagadora de soja projeta Estado nos mercados nacional e internacional

Complexo industrial pode processar 3 mil toneladas por dia do grão



Representantes da Coamo, ministra Tereza Cristina, prefeita Délia Razuk e governador Reinaldo Azambuja durante inauguração (Foto: Helio de Freitas)



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Complexo industrial da Coamo foi inaugurado na manhã desta segunda-feira (25), às margens da BR-163, entre Dourados e Caarapó, região sul do Estado. A planta conta com unidades para beneficiamento de soja a partir da produção de farelo e óleo.

Em seu discurso, o presidente e um dos fundadores da Coamo, José Aroldo Gallassini, destacou o apoio do governo estadual para a instalação da indústria e citou a “política desenvolvimentista' do Executivo

Com intermédio do governo estadual, a cooperativa havia sido contemplada com R$ 144 milhões pelo FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), recurso liberado para aquisição de equipamentos.

“As indústrias vão ampliar a participação da Coamo no mercado nacional de óleo de soja e internacional com farelo de soja. O papel da Coamo é colocar nosso País no posto que merece na produção mundial de alimentos', disse Gallassini.

Presente também em Paraná e Santa Catarina, a Coamo está em nove municípios sul-mato-grossenses, com 14 pontos de recebimento de soja.

O presidente da cooperativa também lembrou do apoio da prefeitura de Dourados, iniciado com Murilo Zauith - hoje vice-governador - em 2016, e depois com sequência da atual prefeita, Délia Razuk (sem partido).

Ainda durante sua fala, Gallassini anunciou novos centros regionais de distribuição de insumos e lojas de peças aos cooperados.

Tereza Cristina - Presente na inauguração, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, destacou que Mato Grosso do Sul persegue “sonho de industrialização' e agradeceu a escolha da Coamo para Dourados receber “a maior esmagadora de soja da América Latina'.

“Somos muito bons em produzir, mas temos de pensar mais à frente, abrir mercados. Ainda temos muito espaço para crescer. Os nossos concorrentes nos enxergam hoje com outros olhos. Precisamos produzir cada vez mais e melhor. Não podemos perder a oportunidade no mercado internacional', continuou a ministra.

Complexo - As novas indústrias de óleo e refinaria de óleo de soja foram construídas no km 247 da BR-163, entre Dourados e Caarapó.

Foram investidos R$ 795 milhões na planta industrial de 92 mil metros quadrados e que tem capacidade para processamento de 3 mil toneladas por dia de soja, com produção de farelo e refinaria para 720 toneladas diárias de óleo do grão.

Com as indústrias de Dourados, somados aos outros dois parques industriais, a Coamo amplia a capacidade de processamento de soja para 8 mil toneladas por dia e a de refino para 1.440 toneladas diária de óleo.

Ainda conforme divulgou a cooperativa, serão produzidas 11 milhões de caixas de óleo refinado por ano, o que dá uma média de 8,5 garrafas por segundo.

A estimativa é que as fábricas gerem ao menos 300 empregos diretos. A obra do complexo envolveu 144 empresas e 1,6 mil trabalhadores.

Soja - Hoje, Mato Grosso do Sul é o quinto maior produtor de soja do Brasil e responsável pela produção de cerca de 8 milhões de toneladas, em 2,5 milhões de hectares plantados. As informações são da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul).

Já segundo dados de Comércio Exterior do Ministério da Economia, soja triturada, farelo e resíduos da extração do óleo de soja respondem por 26% do que o Estado exportou entre janeiro e outubro de 2019, com movimentação de US$ 1,1 bilhão.

José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo, elogiou "política desenvolvimentista" de MS (Foto: Helio de Freitas)