Foto/Arquivo/Dourados News
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Demorou 14h o julgamento de nove internos apontados por envolvimento no assassinato de José Alécio dos Santos, na época com 35 anos. O crime ocorreu em fevereiro de 2017, numa das celas da PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Na ocasião, a vítima acabou morta por estrangulamento.
De acordo com a decisão anexada ao processo, Rogério Lourenço dos Santos, Claudinei Oliveira da Silva, Romildo Oliveira Lopes, Davidson Almiro Santos Oliveira, James Willian Rodrigues da Rocha e Gerson Nascimento de Andrade, foram condenados por “homicídio qualificado pela promessa de recompensa, pelo emprego de asfixia e pelo recurso que dificultou a defesa”.
Outros três internos apontados pelo envolvimento no crime, Danilo Mauricio Souza Ferreira, Maycon Braga Prado e Everton Calixto Flores, terminaram absolvidos.
Considerado um dos maiores julgamentos em número de réus já ocorrido em Dourados, a sessão teve início por volta das 8h de quarta-feira (20/11) e durou aproximadamente 14h.
Não foi divulgada a condenação de cada interno. Todos permanecem respondendo por algum tipo de crime em presídios do Estado.
O crime
Conforme denunciado pelo MPE (Ministério Público Estadual), no dia 24 de fevereiro de 2017, entre 1h30 e 3h40, parte do grupo cometeu o assassinato do detento por estrangulamento.
A investigação descobriu que Claudinei teria encomendado o homicídio oferecendo dinheiro a outros presos. A negociação foi realizada diretamente com Rogério Lourenço que cooptou os internos do bloco da PED em que estavam.
Já Romildo Oliveira se responsabilizou em fornecer armas artesanais para cometer o delito.
Na data do crime, Romildo e outros internos que estavam na cela disciplinar 10, se encontraram na cela 13, a mesma onde José Alécio permanecia preso.
Lá, ainda conforme a denúncia, Rogério entrou e usou uma corda artesanal para estrangular o rapaz, sendo esse o motivo do óbito, conforme o laudo pericial.
No mesmo dia, com exceção de Claudinei e Romildo, os outros sete internos suspeitos de envolvimento no caso foram encaminhados ao 2º Distrito Policial de Dourados.
Horas antes, o grupo chegou a realizar motim na galeria, que foi controlado com a chegada de policiais militares da Força Tática.