Policial

OPERAÇÃO NEVADA Integrante de quadrilha que movimentou milhões em cocaína é condenado

Organização trazia cocaína da Bolívia e enviava para São Paulo



Mansão de integrantes da organização criminosa - Foto: Foto: Valdenir Rezende / Arquivo / Correio do



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Adriano Moreira Silva, importante integrante de facção criminosa paulista foi condenado a 22 anos, sete meses e 10 dias de prisão e 3.496 dias-multa pelos crimes de tráfico transnacional de drogas e de associação para o tráfico transnacional. Ele fazia parte de organização criminosa especializada em tráfico internacional de drogas, que envolvia a entrada de cocaína de origem boliviana no Brasil. Decisão é da 3ª Vara Federal de Campo Grande.

Organização criminosa foi desmantelada na Operação Nevada, desencadeada pela Polícia Federal em 2016. Adriano teve mandado de prisão expedido na época da deflagração da operação, mas estava foragido e foi preso no dia 20 de julho de 2018, em Crato, no Ceará. Pouco após a prisão, acatando parecer do Ministério Público Federal, foi providenciada a transferência dele para o sistema penitenciário federal, dada a importância na hierarquia da organização criminosa de São Paulo.

No âmbito da operação, ficou comprovado que Adriano tinha considerável capacidade financeira e atuava como financiador e comprador em larga escala de drogas, de grupos criminosos sediados em Mato Grosso do Sul. O grupo era dedicado a internalizar cargas de cocaína boliviana e enviar para o estado de São Paulo, onde morava Adriano.

De acordo com a decisão da Justiça Federal, Adriano se utilizava de vários artifícios para dificultar a identificação das atividades ilícitas, como troca periódica de aparelhos celulares cadastrado em nome de terceiros e realização de encontros presenciais.

Transporte de entorpecentes e de dinheiro vivo para pagamento dos fornecedores também era feito por terceiros, que detinham confiança dos líderes dos grupos envolvidos no tráfico. Ainda segundo a Justiça Federal, associações criminosas do Estado disputavam oportunidade de fornecer cocaína para Adriano, o que causou desentendimento entre os irmãos Odir e Odair Côrrea Santos, traficantes já condenados.

Restou demonstrado que Adriano foi o comprador de uma carga de 427 quilos de cocaína da Bolívia, apreendida em agosto de 2015 em Campo Grande, e de uma remessa de 900 mil dólares em espécia, apreendidos em setembro de 2015, que foram enviados para pagamento de fornecedores bolivianos.

Também foram identificadas outras situações que indicam que as apreensões representavam uma pequena parcela das atividades ilícitas em que Adriano estava envolvido.;

Juiz da 3ª Vara Federal condenou o acusado pelos tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico internacional e manteve a prisão preventiva anteriormente decretada em sentença.

OPERAÇÃO

Integrantes da organização criminosa foram presos pela Polícia Federal durante a Operação Nevada, em 2016, que descortinou ações do grupo criminoso especializado em tráfico internacional de drogas, que envolvia a entrada de cocaína de origem boliviana no Brasil.

O patrimônio da quadrilha foi avaliado em mais de R$ 10 milhões (boa parte já leiloada), conquistado por meio do despacho da cocaína, que tinha Mato Grosso do Sul como entreposto.

A logística utilizada envolvia o arremesso da droga de aeronaves em áreas rurais, de onde posteriormente eram transportadas por rodovias, com destino ao estado de São Paulo, onde ficava localizado o núcleo criminoso dos compradores.

Durante as investigações, foram apreendidas grandes quantidades de cocaína, sendo a maior delas avaliada em mais de US$ 1,3 milhão. Também foi decretado pela Justiça Federal o perdimento de apartamento em São Paulo e 16 veículos.