Política e Transparência

Bolsonaro pode anunciar saída do PSL e deputados devem ir junto

Presidente marcou reunião com parlamentares que o apoiam durante crise no partido



Deputado por Mato Grosso do Sul e vice-líder do PSL na Câmara, Luiz Ovando - Foto: Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados



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O presidente Jair Bolsonaro deve anunciar hoje no Palácio do Planalto, às 16h (horário de Brasília), a saída do PSL. Uma reunião com seus apoiadores dentro do partido foi marcada e conforme informações da imprensa nacional, a pauta é a saída da agremiação e quais caminhos deve seguir. Para que deputado federais e estaduais consigam mudar de partido sem perder o mandato o chefe do Executivo precisa seguir para um novo partido, ou então, cada parlamentar precisa pedir na Justiça Eleitoral a saída alegando justa causa. 

Conforme o Estadão Conteúdo, Jair Bolsonaro enviou ontem uma mensagem a parlamentares aliados no grupo de Whatsapp “Time Bolsonaro”. Informou apenas horário e local de uma reunião. Ele não especificou o assunto, mas deputados convidados para esse encontro preveem um anúncio da saída do PSL. Durante a reunião, o presidente deve anunciar a criação de um novo partido, chamado Aliança pelo Brasil.

O líder da bancada do PSL na Câmara dos Deputados e filho, Eduardo Bolsonaro (SP), disse que é provável que Bolsonaro anuncie a saída do partido.  “Não sei se é isso que ele vai fazer amanhã. Eu acho provável? Acho provável. O que tudo indica é que sim, mas a gente vai ver. A gente vai bater um papo com a maioria da bancada dos deputados do PSL para ver como vai ficar essa situação”.

O PSL Mato Grosso do Sul tem dois deputado federais, sendo um vice-líder pelo partido na casa de leis, Luiz Ovando, e outro Loester Trutis. Ainda em Brasília, a presidente regional é senadora, Soraya Thronicke. Além de dois deputado estaduais, Coronel David e Capitão Contar. 

Luiz Ovando afirmou que foi convidado para a reunião, mas ressaltou que o assunto não foi informado. Ele ainda espera uma melhora no clima do partido porconta da crise envolvendo o presidente do Brasil e o presidente da agremiação, Luciano Bivar. 

“Eu acredito que seja uma tomada de posição com relação a situação do partido,  eu não vejo outra explicação. Eu sinceramente não adianto isso que ele vai sair porque não conheço o tema. Acho que será alguma orientação com relação a situação partidária”. 

Questionado se iria para outra sigla com o presidente, Ovando afirma que sim e ainda destaca que se filiou ao PSL porque compartilha dos mesmo ideais que o presidente Bolsonaro. “A verdade é que estou no partido porque comungo dos ideias do Bolsonaro, minha intenção é continuar junto. Mas tem um viés políticos, se a gente viabilizar um partido novo eu vou junto”.

Outro que também vai seguir com o presidente caso seja criado um novo partido é o Coronel David e ainda afirma que houve traição dentro da sigla. “Eu vou acompanhar o presidente até porque ele pediu para eu acompanhá-lo. A saída dele foi decorrente da falta de transparência na aplicação dos recursos do fundo partidário e da trairagem de alguns que se elegeram usando o nome dele é depois preferiram ficar ao lado do Bivar e no controle do partido nos estados”. 

O deputado federal Loester Trutis foi procurado, mas não respondeu a demanda do Correio do Estado, desde o começo da crise no partido ele tem dito que está ao lado do presidente Bolsonaro. O Capitão Contar também foi procurado, mas a reportagem não obteve retorno, em outros momentos o parlamentar afirmou que seguiria com Bolsonaro. 

A presidente do partido no  Estado, senadora Soraya, também não respondeu aos questionamentos do jornal, porém em outro momento ela afirmou que teria de avaliar  se sairia do partido porque agremiações com menos de três senadores não tem direito a presidência em comissões e não conseguiria ajudar com as pautas do governo, porém o PSL tem apenas  três senadores, sendo que um deles é o filho do presidente, Flávio Bolsonaro.

Conforme o Estadão, Jair Bolsonaro chegou a convidar alguns bivaristas, mas segundo fontes, deixou de fora o próprio Luciano Bivar, a ex-líder do Congresso, deputada Joice Hasselman (SP), além dos deputados Julian Lemos (PB), Heitor Freire (CE) e Delegado Waldir (GO).