Política e Transparência

Vereador de Brasilândia participava de sessão na Câmara quando foi alvo de operação do Gaeco

Ex-presidente de Câmara é suspeito de extorquir até colegas vereadores



Vereador de Brasilândia participava de sessão na Câmara quando foi alvo de operação do Gaeco



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O vereador e ex-presidente da Câmara de Brasilândia Paulo Sérgio de Abreu (Patriota, antigo PEN) participava da sessão em plenário, nesta segunda-feira (11), quando foi alvo de operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Promotoria de Justiça do município, a 399 quilômetros de Campo Grande.

Sérgio Abreu e um sobrinho foram alvos de medidas cautelares e três mandados de busca e apreensão na operação “Hacker de Papel”, que investiga os crimes contra ambos de integrarem organização criminosa, extorsão, estelionato e lavagem de capitais, contra diversas vítimas, inclusive outros vereadores do mesmo município.

De acordo com o assessor jurídico da Câmara Municipal de Brasilândia, Sérgio Juzenas, a ação do Gaeco pegou todos que trabalham no legislativo de surpresa nesta manhã. Enquanto os agentes cumpriam o mandado de busca e apreensão na casa e no gabinete de Sérgio Abreu, o mesmo participava da sessão normalmente.

“Logo depois da sessão, ele foi intimado para prestar depoimento no Gaeco e assim ele fez', relatou Sérgio Juzenas, ao Jornal Midiamax. “A Câmara Municipal não recebeu nenhuma informação oficial do que se trata', completa.

Ainda conforme o assessor jurídico da Casa, o vereador não foi preso, mas ficará sujeito a algumas restrições que não foram divulgadas. No entanto, informa que o parlamentar poderá continuar exercendo o mandato.

A Câmara de Brasilândia aguarda a documentação sobre a investigação para decidir se será necessário instaurar algum procedimento interno, um possível processo de investigação, cassação ou CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). “Alguma coisa que seja pertinente', diz Juzenas.

O nome da operação “Hacker de Papel' faz alusão à criação de páginas falsas em redes sociais (facebook), perfis denominados “BRAS NEY', “BRAZ NEY' e outros nomes similares, por meio das quais os investigados realizavam a extorsão das vítimas, campanhas estelionatárias, diversas difamações a agentes públicos, políticos locais de Brasilândia e de Santa Rita do Pardo.

Participam da operação quatro promotores de Justiça e 15 policiais militares. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Comarca de Brasilândia.

A operação contou com o apoio do Gaeco de Londrina e da Promotoria de Justiça de Cornélio Procópio, cidade onde reside um dos investigados. A Delegacia de Polícia Civil de Brasilândia também auxiliou durante as diligências.