Culinária

Livro ensina como a mistura das diversidades torna o mundo mais saboroso

Receita da Gente' foi escrito por avó e ilustrado por neta



Clara e Jane são as personagens do livro Receita de Gente, que aborda as diferenças no ambiente escolar; - Foto: Valdenir Rezende



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Em tempos de complacência, a intolerância ainda é um hábito presente em nosso dia a dia. O que era comum nos 1980, 1990 e até pouco tempo atrás, hoje tão conhecido bullying, não passava de uma “brincadeira”. Quem nunca teve um amigo que era denominado por sua característica física: branca de neve, rolha de poço… e por aí vai. Até os clássicos quadrinhos brasileiros tinham suas personagens que carregavam nomes pejorativos: baixinha dentuça, cascão e outros.

O fim foi decretado. Uma nova geração que veio com coragem de expressar suas diferenças e, quem sabe, chocar os mais conservadores. Neste enredo que a história “Receita de Gente” se baseia, na aceitação do “diferente”, na aceitação do “novo” e na mistura das diversidades.

Uma história criada pela psicóloga Neide Vitória Colete Bruno e ilustrada pela sua neta Júlia Bruno Domingues, o livro narra a chegada de uma criança afrodescendente com sotaque diferente e que sofre preconceitos por parte dos colegas da escola.

Com sabedoria, a professora promove uma atividade e uma das alunas consegue mostrar que o bom mesmo é viver com a diversidade e somar para nos tornarmos um todo. Quem tem a oportunidade de ler reconhece que o mundo está mesmo mudando. Aquele tempo em que o padrão era apenas um único modo de ser está ficando para trás, e a literatura, como “Receita de Gente”, vem somar na batalha pelo fim do bullying e dos estereótipos.   Catarse

O Brasil é um país de poucos leitores e, consequentemente, a arte das palavras é pouco valorizada. 

Por esta razão, as artistas estão com uma campanha na plataforma Catarse para realizar o sonho de publicar o livro, que trata de tema tão atual e importante para a construção de um mundo mais justo e igual.  

A ilustradora Júlia, que deu seus primeiros passos na ilustração profissional no jornal Correio do Estado e hoje atua nas produções da “Turma da Mônica”, lançou a campanha para conseguir o financiamento da obra que é a primeira de uma série de cinco livros escritos pela avó psicóloga.

“A proposta é ensinar o amor da amizade e a compaixão, resgatando vidas. Acreditamos que deva haver o verdadeiro combate desta prática [bullying]”, explica Neide.

Melan CÓliCa

A ilustradora Júlia Bruno Mello, que hoje trilha a vida profissional em São Paulo, iniciou sua prematura carreira artística no Correio do Estado. 

Com a orientação de sua avó nos diálogos, ela criou a personagem pré-adolescente Melan Cólica, que retratava o cotidiano e as “crises existenciais” tão comuns desta faixa etária.

Hoje, com 23 anos, já atua em produções derenome nacional, como a “Turma da Mônica” e até produções internacionais por países da América do Sul. 

Para apoiar, basta acessar o link e fazer a doação, com direito a recompensas: www.catarse.me/receita. Os prêmios para os investidores são variados e de acordo com o valor da doação.

A ilustradora Júlia Bruno Mello e a psicóloga Neide Vitória Colete Bruno são neta e avó