Política e Transparência

Tesoureiro diz que PSL recebe verba, mas presidente nega

Integrante da Executiva ligou para a reportagem e alegou que o partido em MS recebe, sim, fundo partidário



Reprodução



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O tesoureiro-geral do PSL Mato Grosso do Sul, Rhiad Abdulahad, ligou na sexa-feira (18) para a jornalista de Política do Correio do Estado alegando que a matéria publicada na edição do dia estava equivocada e que o partido está sim recebendo verbas do fundo partidário, além de estar com a prestação de contas em dia, contrariando a informação do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) e o diretório do partido no Estado.

Alterado no telefone, o tesoureiro alegou que a reportagem deveria procurar fatos, negando aquilo que a agremiação e também o que a Justiça havia informado sobre o partido. Além de tesoureiro do partido, Rhiad figura como sócio do vice-presidente da agremiação no Estado, Danny Fabrício Cabral Gomes, em um escritório de advocacia.

Conforme publicado no Correio do Estado de sexta-feira, o PSL não tem recebido verba do fundo partidário porque está com as contas irregulares com a Justiça eleitoral. 

A diretoria do partido confirmou que a sigla não tem conseguido dinheiro da Executiva nacional desde janeiro porque não tinha feito prestação de contas. 

Conforme o site Consultor Jurídico, têm direito aos valores do fundo partidário, os partidos que, em 2018, tiveram no mínimo 1,5% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas. Ou as que elegeram pelo menos nove deputados federais distribuídos em pelo menos um terço das 27 unidades da Federação.

A bancada do PSL na Câmara dos Deputado tem 53 integrantes, sendo que o PSL-MS tem dois deputado federais, Loester Trutis e Luiz Ovando, mas mesmo assim o diretório do partido não tem direito a verba do fundo eleitoral. 

Conforme informado pelo TRE, na quinta-feira, “segundo a área técnica do TRE-MS, a direção estadual do PSL não está alimentando em tempo real o Sistema de Prestação de Contas Anuais/SPCA, razão pela qual, no momento,  não há informações disponíveis sobre a arrecadação de recursos públicos no corrente ano. Quanto a prestação de contas do exercício financeiro 2018, o partido já foi notificado para complementar a documentação apresentada e oportunamente o processo será auditado e julgado”.

Conforme mostrou a reportagem, a diretoria disse que quando assumiu em janeiro de 2019 a gestão anterior não havia feito a prestação de contas do ano referente 2018. Porém a antiga gestão alega que o ato deveria ser feito até abril deste ano, então seria de responsabilidade da atual administração.

A presidente do partido em Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke, disse na quinta-feira, que estava se regularizando como TRE  com um contador e um advogado. O fato do partido está se regularizando não aprova automaticamente as contas do diretório na Justiça, o processo ainda está em trâmite. 

Correio do Estado, por contas das afirmações feitas por Rhiad Abdulahad ao telefone, procurou novamente o TRE que respondeu o email da reportagem, conforme mostra a imagem a cima. A reportagem entrou em contato no telefone xxxx-3631 para falar com o tesoureiro porém ele não respondeu às ligações. A secretária informou que ele era o único que poderia falar sobre o partido no local e que passou o recado.

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