Policial

PM que matou mulher e corretor sofre com alucinações, alega advogado

Policial passará neste quinta-feira por exame psiquiátrico; médico foi contratado pela família



Regianni foi morta enquanto descansava no sofá da casa dos sogros (Foto: Reprodução)



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O policial militar ambiental Lúcio Roberto Queiroz da Silva, 36 anos, que matou a esposa Regianni Araújo depois de assassinar o corretor de imóveis Fernando Enrique Freitas, está tendo alucinações e dificuldade para dormir na prisão. Ele passará por exame psiquiátrico nesta quinta-feira (17).

As informações são do advogado José Roberto Rodrigues da Rosa, que defende do policial. Ele afirma que o médico psiquiatra foi contratado pela família do PM.

Rosa explicou ainda que dependendo do laudo dado pelo especialista traçará sua linha de defesa e há a possibilidade de alegar inimputabilidade por doença mental.

O crime – Em depoimento, Lúcio Roberto Queiroz da Silva já havia dito que não se lembra do momento que atirou em Fernando e depois na mulher.

Segundo a delegada Eva Maira Cogo da Silva, titular da Dam (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Paranaíba, o policial contou que estava na casa dos pais com Regianni e o filho de 8 anos, quando recebeu prints das mensagens trocadas entre esposa e o corretor. Foi a mulher de Fernando quem delatou o suposto caso ao policial, conforme a investigação.

O duplo homicídio aconteceu num sábado, dia 5 de outubro, à tarde. Lúcio pegou o carro e foi a casa onde Fernando estava para “conversar”, segundo disse à polícia. “Ele disse que Fernando foi para cima dele e daí por diante não se lembra de mais nada”, completou a delegada.

O corretor tentou fugir correndo para um dos quartos da residência, mas foi atingido por vários tiros e caiu entre a cama e o guarda-roupa. O policial alega ainda que não se recorda como fez o caminho de volta para a casa dos pais dele, onde cometeu o segundo assassinato disparando em Regianni.

O teor das mensagens trocadas por Regianni e Fernando não foi divulgado, mas segundo a polícia, o conteúdo dá a entender que havia um relacionamento extraconjugal entre os dois. Segundo relatos de testemunhas à polícia, Lúcio também teve vários relacionamentos fora do casamento, situação que era de conhecimento de todos.

A vítima era casada há mais de 10 anos com o policial e recentemente havia tentado se separar, mas ele não aceitava.