Política e Transparência

Presidente do PSDB lamenta saída de Miglioli do partido

Ex-secretário de Infraestrutura deixou o PSDB para seguir com o Solidariedade e ser pré-candidato a prefeito



Sérgio de Paula é presidente regional do PSDB em Mato Grosso do Sul - Álvaro Rezende / Correio do Estado



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O presidente regional do PSDB em Mato Grosso do Sul e secretário especial de Articulação Política do governo do Estado, Sérgio de Paula, lamentou a saída do ex-secretário de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, do ninho tucano. Na semana passada, o ex-candidato ao Senado anunciou que se desfiliou para seguir com o Solidariedade. 

Miglioli justificou que o PSDB ainda não tem um plano político direcionado com relação à disputa pela Prefeitura de Campo Grande e ressaltou o acordo dos tucanos com o atual prefeito, Marcos Trad (PSD), de apoio à reeleição.

A respeito da justificativa do ex-candidato ao Senado pelo partido em 2018, o presidente regional questionou sobre o acordo tucano com Trad, salientando que o apoio foi firmado com o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB); porém, ao ser indagado sobre quem é a maior liderança da sigla, respondeu o nome do chefe do Executivo. 

“Eu queria saber qual o acordo que o PSDB tem com o Marcos. Eu que sou o presidente do PSDB não sei, então... O líder maior é o governador. Eu estava presente quando foi feito o acordo”, destacou.

Com relação à saída de Miglioli, Sérgio de Paula ressaltou que por pouco ele não conseguiu uma vaga no Senado Federal e é uma grande liderança. Em 2018, Miglioli concorreu na mesma chapa que o senador eleito Nelson Trad Filho (PSD) a uma cadeira em Brasília, porém, ficou em quarto lugar, com 347.861 votos, 15,48% do total, uma diferença de 25.851 votos da senadora eleita pelo PSL, Soraya Thronicke, e 76.224 a menos que Trad. 

“O Marcelo foi secretário de Obras, teve uma grande expressão de votos no Estado, por 30 mil votos não virou senador do Estado. É uma liderança, uma nova liderança. É uma perda para o nosso partido, PSDB. Sou sincero, nós perdemos, assumo”. 

O ex-secretário do primeiro mandato de Azambuja quer disputar a Prefeitura de Campo Grande e, no ninho tucano, além do acordo com Marcos Trad, tem a fila dos deputados federais Rose Modesto e Beto Pereira, que querem a vaga de prefeito, assim como o chefe de gabinete de Azambuja, Carlos Assis, que pode ser o vice-candidato na chapa com Trad. 

Segundo Sérgio, a saída de Miglioli foi tranquila. “Mas ele está indo para o Solidariedade, ele consultou o governador. O que me deixa tranquilo é que o Solidariedade faz parte da base do governo. É um partido aliado do governo. Mais um nome, temos que respeitar. O Solidariedade tem um pré-candidato”. 

O presidente do PSDB no Estado voltou a dizer que ainda é cedo para começar as conversas com relação ao pleito de 2020 e que apenas no primeiro semestre do próximo ano vão conversar sobre o assunto. 

“Na minha opinião, é cedo para discutir esse assunto ainda. Vamos discutir esse assunto em abril.  O partido, o PSDB, junto do governador, vamos discutir esse assunto em abril com o prefeito Marcos Trad”. 

Conforme informações de bastidores, caso o acordo entre Marcos Trad e Reinaldo Azambuja não seja concretizado em abril, os tucanos devem lançar o deputado Beto Pereira na disputa pela administração municipal. Rose Modesto deve seguir com o PP  – que é da base do governo –, aumentando a possibilidade de segundo turno entre PSDB e PP.

PRÉ-CANDIDATOS

Além de Marcelo Miglioli (Solidariedade), o partido também tem como pré-candidato o deputado estadual Lucas de Lima. Outros deputados estaduais apontados como possíveis nomes nas urnas de 2020 são Coronel David e Capitão Contar, ambos do PSL, além dos federais Rose Modesto e Beto Pereira.