Saúde

Sul-mato-grossense mais pobre tem gasto maior com remédios e ricos com plano de saúde

Veja os detalhes da pesquisa



IBGE aponta que famílias com rendimento menor comprometem fatia maior do orçamento com remédios em MS - Crédito: ProconMS/Divulgação



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Quanto menor o rendimento, maior o gasto com remédios entre famílias sul-mato-grossenses. Isso é o que revela a Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foram apurados hábitos de consumo de 909.062 grupos familiares em Mato Grosso do Sul entre 2017 e 2018.

Segundo o levantamento, “quando observadas as classes de rendimento, a assistência à saúde mostra percentuais próximos no orçamento doméstico, mas enquanto as famílias com menores rendimentos comprometiam 4,1% do orçamento com remédios, aquelas com maiores rendimentos gastavam 1,4%”.

“Por outro lado, os gastos com planos de saúde eram de 0,5% entre a classe mais baixa de rendimento e de 2,6% na classe mais alta”, detalha.

No gráfico divulgado pelo IBGE, famílias com rendimento de 1.908,00 a R$ 2.862,00 têm 70% das despesas com assistência a saúde direcionadas à compra de remédios. Outros 10% vão para consultas médicas e índice de aproximadamente 8% para planos ou seguros saúde.

Essa proporção muda no outro extremo de classes. Entre os grupos familiares mais abastados, cujo rendimento vai de R$ 14.310,00 e passa de R$ 23.850,00, o percentual da assistência a saúde destinado aos remédios fica abaixo de 30%, enquanto planos e seguros de saúde beiram 40%.

Conforme já revelado pelo Dourados News, a pesquisa indica ainda que 143.641 famílias analisadas entre 2017 e 2018 tinham rendimento de até R$ 1.908,00 e comprometiam R$ 1.729,77 com despesas. Outras 152.781 de até R$ 2.862,00 gastavam R$ 2.251,20, e 339.136 até R$ 5.724,00 até R$ 3.813,19.

Entre as 149.691 famílias com rendimento de até R$ 9.540,00, as despesas chegavam a R$ 6.156,10, nas 65.975 até R$ 14.310,00, o valor atingia R$ 9.240,26, em outras 36.704 até R$ 23.850,00, somava R$ 12.830,85, e por fim, nas 21.134 com renda superior a R$ 23.850,00, os gastos totalizavam R$ 26.973,74.