Campo Grande

REAÇÃO Batata puxa 3ª queda consecutiva do preço da cesta básica na Capital

Redução significou uma economia de R$ 11,13 em relação ao valor praticado no mês de agosto



Nas bancas, com queda de 15,71%, a batata ajudou a puxar a retração dos preços - Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado



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A cesta básica de Campo Grande apresentou queda de 2,73% em setembro. Pelo terceiro mês consecutivo, o grupo de alimentos pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apresentou retração. Os alimentos que puxaram a queda dos preços foram a batata (-15,71%), o feijão-carioquinha (-11,78%) e o tomate (-7,26%).

Com custo de R$ 396,98, a nova queda significou uma economia de R$ 11,13 em relação ao valor utilizado para aquisição dos itens alimentícios no mês de agosto. O preço médio de uma cesta ao longo destes três trimestres foi de R$ 430,11. No período de janeiro a setembro, a variação acumulada também foi negativa (-6,12%), mas é positiva quando comparamos setembro de 2018 com setembro de 2019 (3,44%). Em setembro de 2018, a cesta básica para um indivíduo na Capital custava R$ 383,77, uma diferença de R$ 13,21 em relação à cesta atual.

O valor da cesta familiar, usada para atender uma família de dois adultos e duas crianças , apresentou custo de R$ 1.190,94, uma redução de R$ 33,39 na comparação com o mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a diferença foi de R$ 39,63 para o trabalhador que ganha um salário mínimo. Já o valor médio para aquisição da cesta familiar no período de nove meses deste ano foi de R$ 1.290,33.

O custo da cesta familiar apresentou uma equivalência de 1,19 vez o salário mínimo bruto, redução de 0,04 ponto percentual (p. p.) na comparação com agosto. O nível de comprometimento do salário mínimo líquido para aquisição de uma cesta básica teve redução em 1,21 p. p., uma vez que o porcentual foi de 43,24% em setembro.

Para os trabalhadores que recebem um salário mínimo, a jornada de trabalho necessária para adquirir uma cesta básica diminuiu 2 horas e 27 minutos em relação a agosto, foram dedicadas 87 horas e 31 minutos.

AUMENTO

Entre os itens que registraram altas no preço estão: óleo de soja (6,04%), banana (1,95%) e farinha de trigo (0,50%). Em 12 meses, porém, o preço do óleo não teve variação de preços, a fruta variou 21,38% e a farinha teve queda de 6,26%. O preço médio do óleo de soja passou de R$ 3,03 para R$ 3,22 em um mês.

Além da batata, do feijão-carioquinha e do tomate, também apresentaram queda a manteiga (-2,89%), o açúcar do tipo cristal (-2,65%), o leite de caixinha (-2,01%), a carne bovina (-1,38%), o arroz (-1,08%), o café em pó (-1,04%) e o pão francês (-0,53%).

Apesar de neste mês estarem em queda, em 12 meses, as altas mais expressivas foram da batata (91,56%), do feijão (50,46%) e do tomate (12,85%). Já as maiores retrações nos últimos 12 meses foram observadas nos preços do leite (-19,25%), do café (-15,91%) e da farinha de trigo (-6,26%).

NACIONAL

No País, o custo do conjunto de alimentos essenciais seguiu em queda e foi menor em 16 cidades, das 17 pesquisadas mensalmente pelo Dieese. As diminuições mais expressivas ocorreram em Fortaleza (-4,63%), Curitiba (-3,73%) e Brasília (-3,10%). A única alta foi registrada em Recife (1,53%).

A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 473,85), seguida de Porto Alegre (R$ 458,29), Rio de Janeiro (R$ 458,21) e Florianópolis (R$ 454,94). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 328,70) e Salvador (R$ 345,04).

Nos nove meses de 2019, nove municípios pesquisados acumularam taxas negativas, com destaque para Aracaju (-8,38%), Campo Grande (-6,12%) e Belo Horizonte (-4,35%). Outras oito cidades tiveram taxa positiva. A mais alta foi verificada em Recife (7,81%).

Com base na cesta mais cara, que em setembro foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em setembro de 2019, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.980,82, ou 3,99 vezes o mínimo de R$ 998,00.