Itaporã

No terceiro dia de bloqueio, caminhões parados há mais de 48 horas são liberados

Encampado por moradores da Aldeia Jaguapiru, o protesto é motivado pelo corte do transporte escolar para universitários promovido pela prefeitura.



No terceiro dia de bloqueio, caminhões parados há mais de 48 horas são liberados



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Veículos pesados que estavam há mais de 48 horas parados no bloqueio da MS-156 entre Dourados e Itaporã foram liberados na manhã desta quinta-feira (3) após negociação da PMR (Polícia Militar Rodoviária) com os manifestantes. Encampado por moradores da Aldeia Jaguapiru, o protesto é motivado pelo corte do transporte escolar para universitários promovido pela prefeitura.

A manifestação entrou hoje no terceiro dia. No local, o Dourados News apurou que apenas quatro veículos de passeio estavam retidos. Em um deles, homem a apenas 7 quilômetros do local de trabalho tenta desde a manhã de terça-feira (1) passar, mas não consegue.

Quando a reportagem deixava o local, o condutor de um treminhão com destino a Maracaju foi surpreendido. Sem ter como manobrar para fazer o retorno, queixou-se da falta de sinalização para alertar sobre o bloqueio.

No entanto, segundo o cabo Faker, da PMR, foram sinalizadas as vias de acesso à rodovia estadual. “Nós interrompemos o fluxo com cones e cavaletes nos dois acessos. Colocamos cones na rotatória da Planacon e da Coca Cola, mas é uma viatura para cobrir o manifesto e as duas extremidades. O pessoal, quando a viatura está ali, respeita, mas a gente sai e tiram os cones”, explicou.

Ainda segundo o militar, caminhões e carretas retidos há mais de 48 horas foram liberados nesta manhã. “Eles seguiram trajeto. A  proposta nossa era fazer eles retornar, mas depois de passarem a segunda noite, quase 50 horas, foram liberados”, revelou.

No local do bloqueio, os manifestantes exibem faixas e cartazes para cobrar o cumprimento da Lei Ordinária n° 3870/2015 de 03 de fevereiro de 2015, que “autoriza o Município de Dourados efetuar o transporte de estudantes da zona rural e dos distritos, matriculados no ensino superior e escolas técnicas”.

Ao Dourados News, Queila Viana da Silva, estudante do curso de Letras da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), informou ainda no primeiro dia de protesto que 150 estudantes têm sido prejudicados pela fala do transporte escolar.

“Já faz mais de um mês que a gente tenta negociar com a prefeita e ela não libera o ônibus. É garantido por lei e a gente quer o nosso ônibus, porque está tirando a dignidade de muitos acadêmicos, está tirando o direito do sonho deles. Já passou um mês, estão praticamente reprovados por falta. Estamos sendo muito prejudicados por isso, tentamos o diálogo, mas não obtivemos resposta. O bloqueio vai permanecer até que ela traga uma resposta concreta para nós, não queremos mais blábláblá”, assegurou.

Na mesma ocasião, a Prefeitura de Dourados informou, através de sua assessoria de imprensa, que não enviaria representante para o local do protesto. Citou ainda fala do secretário municipal de Educação, Upiran Jorge Gonçalves da Silva, segundo quem a administração pública do município só tem obrigação legal de prover transporte escolar para educação básica, na zona urbana com passe livre e na rural com os ônibus.

Segundo a Polícia Militar Rodoviária, que mantém uma equipe no local do bloqueio, a principal rota alternativa pavimentada para quem quer escapar do bloqueio é a MS-379, com acesso no Presídio Semiaberto de Dourados em direção do Panambi ao município de Douradina. Posteriormente deve ser feito o retorno no sentido dos distritos de Piraporã e Montese, já em Itaporã.

Para quem vai aos municípios de Jardim ou Sidrolândia, a alternativa é trafegar pela MS-162 até sair na MS-164, região do Copo Sujo. Passando por vista Alegre e sai em Maracaju.