Saúde

Fisioterapeuta cria aparelho para ajudar menina que mora em hospital desde o nascimento

O aparelho foi confeccionado por uma residente do hospital, resultado do grande carinho que a menina recebe na unidade.



Fisioterapeuta residente criou aparelho para ajudar menina - Crédito: Iza Rocha



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Nascida em Miranda, em julho de 2017, e encaminhada ao Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) no mesmo ano, Samily Vitória Pereira Polidorio já virou o xodó na unidade, especialmente para a equipe multiprofissional da pediatria. Nos primeiros dias de vida a menina foi diagnosticada com miopatia, doença que acomete a fibra muscular, fazendo com que os portadores apresentem fraqueza progressiva dos músculos afetados. Sem nunca ter ficado em pé sozinha, devido a doença, Samily ganhou um Parapódium, equipamento que permite o paciente ficar na posição ortostática. O aparelho foi confeccionado por uma residente do hospital, resultado do grande carinho que a menina recebe na unidade.

Morando no HR desde o nascimento, a atenção dos profissionais não poderia ser diferente. A equipe se prontifica rotineiramente a estudar formas de melhorar o quadro clinico de Samily e para isso são mobilizados diversos profissionais como, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, além é claro da equipe de enfermagem e médica.

 
Foi pensando exatamente nessa melhora significativa da paciente que a residente de fisioterapia, Priscila Maier Teruia, no HRMS desde abril de 2019, confeccionou um Parapódium, um equipamento que permite ao paciente ficar em pé, melhorando inclusive funções respiratórias, musculares, ósseas, digestiva e tátil, além de beneficiar o campo visual e aumento da comunicação. O recurso é utilizado em clinica ou em atendimentos domiciliares.
Conforme a residente, a idade de Samily e suas limitações foram motivos mais do que suficientes para executar o aparelho com o objetivo  de melhorar as condições da pequena. “Como ela já tem dois anos e nunca ficou de pé de forma ‘independente’ e o ortostatismo é muito importante para a função correta dos órgãos, achei que seria uma opção possível e resolvi colocar em pratica com a esperança de render uma melhora para ela”, destacou Priscila.

Ambiente familiar

A família de Samíly realiza o acompanhamento da menina em forma de revezamentos, alguns dias a mãe, Sandra, e em outros o pai, além da tia materna que também ajuda. Hospedados em casa de familiares, os pais não possuem condições que facilitem os cuidados da menina em regime domiciliar. Além disso, a instabilidade clínica da pequena requer que ela permaneça no hospital, caso haja necessidade de rápido atendimento.

Para a equipe de reportagem do HRMS foi encantador presenciar o afeto e dedicação da equipe hospitalar durante uma sessão de fisioterapia, onde a menina realizou os procedimentos no Parapódium. O tratamento das profissionais e o brilho no olhar ao ver as evoluções motoras da menina, mostravam como o amor pela profissão é capaz de transcender a todos.

“É maravilhoso, mesmo sabendo que ela evolui pouco, devido a doença. Mas ainda assim, ver ela ter a oportunidade de experimentar novas coisas me deixa animada. Sei que ela pode nunca ter o comportamento de uma criança saudável, mas se posso proporcionar conforto, qualidade de vida e novas experiências, com certeza farei, pois aquele sorriso no rostinho dela faz tudo valer a pena”, ressaltou a residente de fisioterapia Priscila.

Além de oferecer os cuidados profissionais, a equipe da pediatria também realiza doações de kits de higiene, laços, brinquedos e roupas.  Como toda ajuda é bem-vinda, os que tiverem interesse em ajudar, basta procurar o setor de pediatria no HRMS para fazer a doação. (Com informações do Portal do Governo de Mato Grosso do Sul)