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Cão de dread é companheiro de casal que saiu de casa para viajar o mundo

Psicólogos, que viajam há 4 anos para viver da arte de rua, encontraram Guapo que agora é atração pelas ruas



Cão ganhou dread para ficar parecido com seu dono. (Foto: Thailla Torres)



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Guapo tem 3 anos e virou sucesso por um visual de poucos entre a sua espécie. Com a pelagem comprida na região da cabeça, ganhou dreadlocks como alguém do estilo mais alternativo. Os enroladinhos embaraçados são feitos pelos donos que há quatro anos deixaram a Venezuela para viver uma vida diferente como artistas de rua e viajantes pelo mundo.

Antes de qualquer pergunta, o casal jura que Guapo é bem cuidado e estão acostumados a serem questionados sobre os dreads. “Ele toma banho frequentemente, mas com a poeira e a sujeira das gramas, ele fica sempre com esse aspecto sujinho. Quanto aos enroladinhos, nós sempre desfazemos e fazemos com muito cuidado”, diz a psicóloga Michelle Valderama, de 28 anos.

Ela e o namorado Larry Roman, de 31 anos, que também é psicólogo, contam que adotaram Guapo há três anos, durante o período em que viajaram pelo Chile. “O encontramos na rua, totalmente perdido. Ficamos um mês batendo de porta em porta e conversando com comerciantes para ver se alguém conhecia. Mas ninguém apareceu, então resolvemos adotar”.

Guapo virou companheiro de viagem e ele parece muito à vontade na companhia dos donos. Apesar das economias feitas antes da viagem, hoje o casal atua como artista de rua para ganhar uns trocados e sobreviver por onde passa.

Essa é a segunda vez que eles passam pelo Brasil e ficam hospedados em hostel ou hotéis baratos. “Já conhecemos a região Norte e agora queremos desbravar o Sul do país”.

Enquanto os donos se empenham no malabarismo, Guapo fica sentadinho ao lado dos pertences só observando. A coleira é para ele não correr o risco de ir para as ruas. Quando o chão está quente, o poodle de dread só anda no colo e acaba fazendo mais sucesso. “As vezes ele está no chão e ninguém percebe os cabelos. Mas quando está no nosso colo, todo mundo quer tirar uma foto”.

Michelle diz que a mudança de vida foi a alternativa encontrada, por ela e pelo namorado, juntos há seis anos, para darem a volta por cima na crise vivida no país de origem. “Amamos o nosso país, mas saímos de lá primeiramente pela situação econômica. Trabalhávamos na nossa área, mas o dinheiro não dava pra comer, pagar aluguel. Então decidimos economizar para viajar pelo mundo”.

A experiência foi prazerosa logo no primeiro ano. “Quando saímos vimos que gostamos muito de viajar e todo significado que há conhecer pessoas de outros lugares. Gosto da cultura, da comida, aliás, gosto muito da comida brasileira, tem um tempero maravilhoso. E agora nossa vontade é conhecer todo o Brasil”.

Em busca de resolver a documentação brasileira, o casal quer viajar pelo país e depois voltar a estudar. “Vamos continuar viajando e quando diminuir as viagens, vamos tentar uma pós-graduação na área de Psicologia. É algo que gostamos muito”.

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