Policial

Com a popularização dos Smartwatches, Agepen barra relógios digitais em presídios

Relógios inteligentes permitem conexão com a internet, por isso foram proibidos



Relógios apreendidos na Gameleira na sexta-feira. Foto: Divulgação



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A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) proibiu a entrada de relógios digitais nos presídios de Mato Grosso do Sul. A medida de segurança foi adotada por conta dos Smartwatches, termo em inglês que significa “Relógios Inteligentes”, dispositivos pelos quais hoje em dia é possível ter acesso à internet.

Segundo a Agepen, foi enviada orientação para todas as unidades, bem como para a Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário, a fim de vetar a presença dos dispositivos, para que presos não tenham contato com o exterior. Alguns modelos de Smartwatches funcionam de maneira autônoma, sem a necessidade de estar conectado a um tablet ou celular, por exemplo, com funções mais limitadas, mas outros permitem acessar e-mails, WhatsApp e redes sociais.

Na sexta-feira, agentes da Gameleira apreenderam três destes relógios durante visitas. No entanto, já houve outros casos de apreensão, como no Epam (Estabelecimento Penal de Amambai), quando agentes penitenciários localizaram um “relógio celular” escondido dentro de um colchão.  Para a localização do objeto proibido no presídio, os servidores utilizaram um detector de metais manual. 

Em Paranaíba, os servidores flagraram uma visitante entrando na unidade local com um dos dispositivos.  A mulher foi encaminhada à delegacia de Polícia Civil para registro da ocorrência e o interno a quem ela iria visitar foi isolado, preventivamente, em cela disciplinar. Um processo administrativo foi instaurado para apurar o caso.

Tentativa de driblar a fiscalização

 

Diariamente os criminosos buscam novos meios de driblar a fiscalização para conseguir entrar em presídios com objetos proibidos. Duas mulheres foram presas no domingo (08) tentando entrar no presídio do município de Dois Irmãos do Buriti, com celulares escondidos dentro de televisores LCD. Uma delas também levava maconha em meio a erva de tereré. 

Por volta das 09h20, no horário de visitas, uma mulher de 45 anos que iria visitar o irmão chegou ao estabelecimento penal com uma TV de 24 polegadas. Os agentes penitenciários acharam nove telefones no aparelho.

Em seguida, cerca de 30 minutos mais tarde, outra mulher, de 46 anos, foi flagrada com outra TV de 24 polegadas que escondia mais nove celulares sob a tela. Ela afirmou que teria aceitado entregar o aparelho a pedido da mãe de um dos presos.