Foto: A. Frota/Arquivo Assecom
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Uma reunião no gabinete da prefeita Délia Razuk (sem partido) terminou com mal-estar entre os secretários do Município. Segundo apurado pelo Dourados News, o conflito se deu pela negativa de liberação de verbas por parte do chefe financeiro, o secretário Paulo César Nogueira da Sefaz (Secretaria Municipal de Fazenda).
A reunião, realizada semanalmente pela mandatária com o alto escalão, discutia a necessidade de se colocar em prática o planejamento de ações estabelecidas em cada pasta.
Além disso, os gestores foram pressionados também a apresentar até quarta-feira, uma proposta de atividades para o fim do segundo semestre. Nesse contexto, a conversa acabou ficando acalorada com a negativa do secretário de Fazenda em fazer a liberação de verbas exigidas por algumas secretarias. Segundo confirmado pela reportagem, sob alegação de “falta de dinheiro”.
A situação gerou mal-estar entre os gestores e precisou da intervenção do secretário de governo Celso Antônio Schuc Santos. Nesta manhã o Dourados News conversou com o articulador político da prefeita e ele confirmou o fato, ainda completando que ao tomar ciência da situação, já que não estava presente na sala, orientou que os demais colegas de gestão se deslocassem cada um para seus respectivos gabinetes a fim de apaziguar o impasse. “Houve uma divergência? Sim, houve.
Mas a questão é dinheiro. Eu vou esperar a poeira baixar e procurar os atores dessa divergência e ver o que aconteceu e vamos tentar resolver isso de uma forma ou de outra. Eu fui chamado, inteirado do problema, e a prefeita me disse ‘Celso, resolve pra mim’.
E com toda calma eu disse ‘eu resolvo, a primeira coisa que vamos fazer é: cada um pro seu gabinete, todos se acalmem e eu vou ver o que é. Hoje [ontem] é sexta-feira e não é nem dia de se falar sobre isso, vamos ver isso outra hora’”, relatou. Segundo o secretário, uma visita na casa da prefeita neste sábado deve trazer direcionamentos para a próxima semana.
Questionado sobre a iminência de exonerações, principalmente do protagonista do caso [Paulo César, da Sefaz], Celso se reservou em dizer que não houve nenhuma determinação ou pedido espontâneo para saída de secretários. “Isso é sério? É mais grave? Vai ensejar um pedido de exoneração ou exoneração por parte da prefeita? Não posso te dizer isso hoje”, afirmou.
Em entrevista, Celso evitou detalhar a insatisfação do secretariado, mas garantiu que não envolve o pagamento do salário dos servidores. Inclusive, ele aponta que um dos motivos para a retenção de recursos seja exatamente a garantia de pagamento em dia, já que em julho e neste mês a pasta não conseguiu creditar as remunerações de forma regular.
