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Mortes aumentaram em Dourados desde 2010 e cinco causas respondem por 75% do total

E cinco causas correspondem a 75,74% do total de mortes registadas no período. Essas informações constam no Perfil Socioeconômico 2018 do município

André Bento

Cinco causas correspondem a 75,74% do total de mortes registadas na cidade - Crédito: André Bento/Dourados News



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O número de óbitos ocorridos em Dourados cresceu de 2010 a 2017.

E cinco causas correspondem a 75,74% do total de mortes registadas no período. Essas informações constam no Perfil Socioeconômico 2018 do município, elaborado pelas faculdades de Administração, Ciências Contábeis e Economia, e de Ciências Econômicas da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). Em consulta ao documento atualizado neste ano, o Dourados News apurou que nesses sete anos saltaram de 1.180 para 1.334 os óbitos na maior e mais populosa cidade do interior de Mato Grosso do Sul, com população estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 222.949 habitantes.

Esse aumento de 13,05% aponta para uma média de crescimento de 1,87% ao ano, conforme pontuam os pesquisadores. Eles identificaram ainda as principais causas pelas quais o índice de mortes teve tamanha elevação.

Foram elencadas cinco que correspondem a 75,74% do total, lideradas por doenças do aparelho circulatório. Nesse caso específico, somente em 2010 ela respondeu por 29,58% das mortes locais, e no ano de 2017 representou um quarto do total de óbitos em Dourados. No mais recente ano apurado, 2017, houve 1.334 mortes no município. Desse total, 255 causadas por neoplasias (tumores), 337 por doenças do aparelho circulatório, 127 por doenças do aparelho respiratório, 55 por doenças originadas no período perinatal, 202 por causas externas (morbidades), e 358 por “outras causas”, conforme a descrição feita no levantamento. Um médico ouvido pelo Dourados News explicou que as doenças do aparelho circulatório incluem isquemias do coração, por exemplo, o infarto.

As do aparelho respiratório incluem enfisema, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica. Do período perinatal, ele cita alguma infecção que a mãe transmite ao filho durante a gestação.

Quanto às causas externas, aponta acidente de trânsito, ou homicídio. Já em relação às neoplasias, menciona qualquer câncer, destacando que os de pulmão e mama são os que mais matam.

Na avaliação feita pelos pesquisadores que elaboraram o Perfil Socioeconômico 2018 de Dourados, “estas informações são relevantes já que permitem identificar as causas e poderão ser realizadas campanhas para sua diminuição, e uma melhor conscientização da população para enfrentá-los”.

Eles identificaram em 2016 um total de 1.420 óbitos em Dourados, número que havia sido de 1.324 em 2015 e em 2014, de 1.291 em 2013, de 1.233 em 2012, de 1.156 em 2011, e de 1.180 em 2010.

Nesse período, as neoplasias mataram 117 pessoas em 2010, outras 169 em 2011, mais 207 em 2012, fez 215 vítimas fatais em 2013, outras 221 em 2014, além de 216 em 2015, mais 247 em 2016, e 255 em 2017. As doenças do aparelho circulatório custaram a vida de 349 douradenses em 2010, de 357 em 2011, de 334 em 2012, de 340 em 2013, de 370 em 2014, de 393 em 2015, de 383 em 2016, e de 337 em 2017.

Doenças do aparelho respiratório mataram 118 pessoas em 2010, mais 102 em 2011, outras 104 em 2012, além de 144 em 2013, de 125 em 2014, de 142 em 2015, de 156 em 2016, e de 127 em 2017. Originadas no período perinatal fizeram 70 vítimas fatais em 2010, outras 64 em 2011, mais 64 em 2012, 77 em 2013, 54 em 2014, 55 em 2015, 60 em 2016, e 55 em 2017.

Por causas externas morreram 200 pessoas em Dourados no ano de 2010, mais 211 em 2011, outras 207 em 2012, além de 228 em 2013, de 236 em 2014, de 181 em 2015, de 213 em 2016, e de 202 em 2017.

Outras causas, não especificadas, levaram a óbito 266 douradenses em 2010, número que chegou a 253 em 2011, a 317 em 2012, a 287 em 2013, a 318 em 2014, a 337 em 2015, a 361 em 2016, e a 358 em 2017.