Policial

Assassino diz que matou a esposa na frente de bebê porque ela não tinha postura evangélica

Douglas disse que é neto de pastor e filho de militar para tentar escapar de condenação por matar Joice com oito facadas no pescoço



Assassino diz que matou a esposa na frente de bebê porque ela não tinha postura evangélica



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Douglas Almeida Sales da Silva (25), que está sendo julgado nesta quarta-feira (27) pelo assassinato de Joice dos Santos Sampaio Magalhães (28), tenta convencer o juri que tinha motivos para socar a cabeça da esposa e esfaquear a mulher até a morte, na frente do bebê do casal, em maio de 2018 na casa deles, no Jardim Itamaracá, em Campo Grande.

O homem disse que é evangélico e filho de militares, e que, por isso, não concordava com a ‘postura da mulher’. O réu alega que a mãe do bebê dele tinha ‘posturas inadequadas e de indecência’, já que não seguia a mesma religião.

No entanto, ir à igreja ou ser criado com disciplina não impediram Douglas de cometer o crime. A doutrina das agremiações evangélicas condena o assassinato com base nos mandamentos bíblicos mosaicos que determinam: ‘não matarás’ (Êxodo 20:13), e ‘amarás a teu próximo como a ti mesmo’ (Levítico 19:18). Este segundo, inclusive, repetido por Jesus Cristo (Mateus 19:19).

Mesmo assim, Douglas tenta escapar da punição, tentando culpar a vítima pelo próprio assassinato. Durante o depoimento, ele chegou a dizer que a esposa era adúltera e se prostituía. Mas, questionado pelo juiz sobre se tinha provas, ele respondeu que não tinha as provas.

Joice é mais uma mulher que foi morta pelo marido de quem já tentava se proteger. Ela tinha medidas protetivas contra Douglas depois de ser agredida por ele, mas após um tempo o casal voltou a se relacionar. No dia do crime, eles teriam tido uma discussão banal, já que a vítima teria achado que o marido a estava ‘cuidando’ por ciúmes de um vizinho deles.

Ela foi agredida com socos no rosto e na cabeça e depois esfaqueada oito vezes no pescoço e rosto, por Douglas que está preso no Presídio de Segurança Máxima da Capital desde o dia do crime, em maio de 2018.

No dia do crime, 13 de maio de 2018, uma vizinha contou à polícia que, por volta das 13 horas, o homem bateu em sua porta e pediu para que ela salvasse a bebê. Em seguida, ele caiu desacordado. “Eu estava em casa assistindo televisão, ele bateu na minha porta todo ensanguentado e pediu para que eu pegasse a criança', disse.

Na casa, a vizinha encontrou a filha do casal engatinhando próximo à porta de saída. No chão, policiais encontraram uma faca de aproximadamente 20 centímetros com marcas de sangue. A gaveta do armário da cozinha onde facas eram guardadas também estava aberta. A suspeita é de que, durante uma briga, marido e mulher tenham se agredido.

Vizinhos disseram que os jovens moravam no local desde o fim do ano de 2017 e que nunca ouviram brigas entre eles.