Política e Transparência

Governo de MS decreta luto oficial de 3 dias pela morte da cantora Delinha

Decreto será publicado em edição extra, nesta quinta-feira (16)



Velório de Delinha será aberto ao público - Reprodução/Redes Sociais



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O Governo de Mato Grosso do Sul vai decretar luto oficial de três dias pela morte da Dama do Rasqueado, a cantora Delinha, que ocorreu no feriado de Corpus Christi, nesta quinta-feira (16).

O decreto ainda será publicado em edição extra, previsto para hoje, conforme a assessoria de imprensa do governo estadual. Nas redes sociais, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que a “Dama do Rasqueado" ajudou a construir a história cultural de Mato Grosso do Sul.

“Sua partida entristece o nosso coração. Mas ficam suas músicas, sua alegria e seu exemplo de artista raiz”, disse o governador na postagem.

Delinha morreu aos 85 anos em casa, segundo o filho, João Paulo Pompeu. A cantora estava em tratamento e com uso de oxigênio, depois de deixar o hospital no fim de maio, devido a uma crise respiratória.

Dama do Rasqueado

Conhecida como Delinha ou Dama do Rasqueado, Delanira Pereira Gonçalves nasceu em Vista Alegre — distrito do município de Maracaju, às 4h do dia 7 de setembro de 1936, uma segunda-feira. Em sua casa, moravam os pais, os avôs maternos e alguns tios.

Delinha viveu ali até os 4 anos de idade e já cantava marchinhas como “oh, jardineira porque estás tão triste”, mesmo não conseguindo pronunciar todas as sílabas corretamente.

Em Campo Grande, o pai da cantora construiu uma casa no bairro Imbirussu, no encontro da “Rua de Baixo”, com a “Rua de Cima”, que depois se tornaram, respectivamente, Avenida Bandeirantes e a Tiradentes.

Ali, a família tocava um “bolicho”, armazém de secos e molhados. Algum tempo depois, a família se mudou para um pouco abaixo, no bairro Amambaí, na casa onde ela viveu até seus últimos dias.

Com uma infância de grandes dificuldades financeiras, a Dama do Rasqueado sempre ajudou nas tarefas de casa e trabalhou vendendo os bolos que a mãe fazia. Mas, segundo ela própria, não faltava nada para viver. Estudou na escola das freiras e depois no “Estadual”, onde terminou o ginasial. Depois, para ajudar a mãe, já que esta havia se separado do pai de Delinha, aos 19 anos arrumou o seu primeiro emprego, em uma loja de roupas na Rua 15 de novembro, esquina com a Calógeras.