Policial

Polaco é absolvido pelo TRF depois de morto, mas filhos ficarão no semiaberto

Considerado maior contrabandista do país, ele morreu em agosto de 2018, no Paraná



Foto: Arquivo



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O TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) declarou extinta a punibilidade de Alcides Carlos Grejianim, o Polaco, um dos principais contrabandistas de cigarro do país. O motivo da extinção de pena foi morte do réu, que aconteceu em 15 de agosto do ano passado, em Umuarama (PR), em decorrência de problemas renais e diabetes.

Também por já ter morrido, outro absolvido foi Gilson Rodrigues, conforme publicado no Diário Oficial do Tribunal, nesta quinta-feira (30). Já os réus Rogério Farias dos Santos, Rodrigo Barros Araújo, Hermes e João Batista do Santos foram absolvidos na ação por falta de provas.

O mesmo destino não tiveram os filhos de Polaco, Ires Carlos Grejianim e Denis Marcelo Grejianim. O juiz condenou ambos, em ação tida como parcialmente procedente, por lavagem de dinheiro realizada de forma habitual, além de crime contra a administração pública.

Ires foi condenado a cinco anos de prisão, iniciando o cumprimento já em regime semiaberto, além de ter que pagar 60 dias-multa no valor do salário mínimo vigente em 2008 – R$ 415. Seu irmão, Denis, foi condenado a quatro anos e meio, também em regime semiaberto, e ao pagamento de 54 dias-multa, nas mesmas condições de Ires.

Polaco

Apontado como o maior contrabandista de cigarros no Brasil, Polaco acumulou vários bens com dinheiro oriundo de atividade ilegal, entre elas 11 fazendas na fronteira entre Brasil e Paraguai. Uma dessas áreas, de 2,5 mil hectares, chegou a ser avaliada em R$ 25 milhões.

Em outubro de 2010, ele foi preso na operação Alvorada Voraz, da PF (Polícia Federal), que investigou a quadrilha liderada por ele. Na ocasião, foram apreendidas 50 carretas e 8 milhões de maços de cigarro em Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul – somando aproximadamente R$ 20 milhões.

Após quatro meses presos, Polaco conseguiu sair da cadeia em março de 2012, após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) o conceder um habeas corpus.