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No Dia Internacional da Luta Contra a Endometriose, associação alerta para riscos da doença

No Brasil, estima-se que pelos menos 6 milhões de mulheres sofram com a doença





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Nesta sexta-feira (7) é comemorado o Dia Internacional de Luta Contra a Endometriose. A endometriose é uma doença benigna inflamatória, crônica e progressiva, caracterizada pela presença de endométrio, camada que reveste a cavidade uterina, em outros órgãos.

Esta camada é renovada e eliminada mensalmente durante o fluxo menstrual, porém, em algumas situações, esse tecido volta pelas trompas e se deposita nos ovários, intestinos e bexiga. Durante o ciclo menstrual, é comum mulheres sentirem alguns incômodos como cólica, dores na região pélvica e fadiga, porém, se ocasionados de forma intensa, esses desconfortos podem se qualificar como endometriose.

Segundo a Associação Brasileira de Endometriose, a doença atinge cerca de 15% da população mundial feminina, em idade de reprodução (13 a 45 anos). No Brasil, estima-se que pelos menos 6 milhões de mulheres sofram com o mal.

Os fatores que causam a endometriose ainda não são claros, mas razões imunológicas, genéticas e de crescimento, como a primeira menstruação antes dos 12 anos, anormalidades no útero e períodos menstruais longos, além da retardação da maternidade, podem causar endometriose e dificultar a possibilidade de gravidez.

Sintomas

A endometriose pode ser assintomática. Quando os sintomas aparecem, merecem destaque:

  • Cólica menstrual (dismenorreia) que, com a evolução da doença, aumenta de intensidade e pode incapacitar as mulheres de exercerem suas atividades habituais;
  • Dispareunia: Dor durante as relações sexuais;
  • Dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação;
  • Infertilidade.

Diagnóstico

Diante da suspeita, o exame ginecológico clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser confirmado pelos seguintes exames laboratoriais e de imagem: visualização das lesões por laparoscopia, ultrassom endovaginal, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico de certeza, porém, depende de uma biópsia.

Tratamento

A endometriose é uma doença crônica que regride espontaneamente com a menopausa, em razão da queda na produção dos hormônios femininos.

Mulheres mais jovens podem valer-se de medicamentos que suspendem a menstruação: a pílula anticoncepcional tomada sem intervalos e os análogos do GnRH. O inconveniente é que estes últimos podem provocar efeitos colaterais adversos.

Lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente. Quando a mulher já teve os filhos que desejava, a remoção dos ovários e do útero pode ser uma alternativa de tratamento.