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Coronavírus já infectou mais de 10 mil profissionais da saúde e segurança na pandemia em MS

Sem dados sobre casos em outras categorias, sindicatos fazem levantamento no ‘boca a boca’ ou questionários



Mais de 8 mil profissionais da saúde foram infectados e categoria foi priorizada na vacinação. - Marcos Ermínio/Midiamax



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Mais de 10 mil profissionais da saúde e das forças de segurança já foram infectados pelo coronavírus desde o início da pandemia em Mato Grosso do Sul. Dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde) apontam o número de casos e mortes para estes profissionais, mas não há filtragem sobre os registros em outras profissões. Sem dados, sindicatos fazem levantamento de forma ‘manual’, seja no boca a boca ou por meio de questionários entre os filiados. 

A SES explica que o sistema de notificação de casos eSUS-VE, que é nacional, não tem outras categorias de profissionais para a inserção de dados. Por isso, apenas profissionais de saúde e segurança estão listados nos dados apresentados pelo portal Mais Saúde. Conforme o portal, 1.809 profissionais da segurança já infectados pela Covid-19. Entre os infectados, 1.736 já foram curados. 

Entre os trabalhadores da saúde, o número é ainda maior: foram 8.363 infectados, sendo que 8.132 já estão curados. Foram registradas 24 mortes por covid-19 entre os trabalhadores da saúde. Com isso, restam 207 profissionais que estão com o vírus ativo, em isolamento em casa ou internados em hospitais.

Apesar do grande número de casos, neste ano os profissionais da saúde e segurança começaram a ser vacinados contra o coronavírus. Conforme o Vacinômetro, 71,6 mil trabalhadores da saúde receberam pelo menos a primeira dose da vacina. Entre trabalhadores da segurança pública, 10,7 mil receberam a primeira dose. 

Como só há filtragem de dados sobre os trabalhadores da saúde e segurança, as associações e sindicatos de outras categorias fazem o levantamento dos dados de forma quase manual. O Sindijor-MS (Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul), por exemplo, realiza o monitoramento das redações, para saber como está a proteção dos profissionais na pandemia. Caso algum jornalista tenha caso confirmado de coronavírus, a informação é passada pelos próprios colegas e o sindicato acompanha. 

“No caso de morte, ficamos sabendo também por colegas que ligam nos informando, e ainda pelas redes sociais. Aí então, checamos a informação, e se infelizmente, foi a óbito, publicamos nota de pesar. Pelo nosso levantamento, são sete mortes desde o início da pandemia até o momento, seis delas na Capital”, diz o presidente do sindicato, Walter Gonçalves Filho. A categoria pede vacinação contra o coronavírus, já que o Brasil é o país com o maior número de profissionais da imprensa mortos pela doença, conforme levantamento da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas).

Entre os profissionais da educação, o levantamento também é feito pelos próprios sindicatos. A ACP (Sindicato Campo-grandense de Profissionais da Educação Pública) abriu um questionário com diversas perguntas para os trabalhadores. No questionário online,a entidade tenta levantar a quantidade de profissionais infectados. Além disso, a ACP também pediu dados sobre o número de trabalhadores infectados e mortos pelo coronavírus às secretarias de educação municipal e estadual.