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Professor da UFGD diz que só aceitou cargo no PR porque foi informado que reitora tinha assinado sua aposentadoria

O docente também explicou que no dia 8 de abril ele mesmo pediu sua exoneração da Câmara de Paranavaí





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O professor da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Sérgio Luiz Carlos dos Santos, enviou mensagem ao Midiamax para informar que ele mesmo pediu a exoneração do cargo de assessor parlamentar no gabinete do vereador Roberto Cauneto Picoreli (PP), o mais votado da cidade paranaense, também conhecido como “Pó Royal”.

No texto enviado, Sérgio explica que: “Considerando que aí constatar o equívoco solicitei exoneração do cargo e por motivos políticos o presidente da câmara, cuja esposa tem cargo de confiança da prefeitura me exonerou, desconsiderando meu pedido”, explicou o professor.

O docente também explicou ao Midiamax que no dia 9 de janeiro do ano passado já havia solicitado contagem de tempo para a sua aposentadoria e que teria direito à mesma desde 12 de outubro de 2019.

“Considerando que em fevereiro de 2021 recebi áudio da minha diretora da FAED, dizendo que eu já estava aposentado, pois a reitora Milene havia assinado minha portaria de aposentadoria, aceitei assessorar um vereador em Paranavaí”, justificou o docente, ressaltando que “estou tramitando minha aposentadoria (documentos de averbação de trabalhos fora)”.

Em outro trecho das considerações enviadas ao Midiamax, o professor afirma que é vítima de “um grande mal entendido provocado pelo internamento da diretora por Covid 19 e equívoco da ex reitora, que não teve culpa ao comunicar a diretora de um nome Sérgio equivocado”.
O ex-assessor parlamentar também ressalta que é “professor e não bandido” e que tem “35 anos de bons serviços prestados ao serviço público federal (8 livros escritos, inúmeros artigos científicos publicados) pós doutor” e que, “ganhar 18.487,54 brutos é muito pouco para quem dedicou a vida a formar professores e cidadãos” e que não pode ser culpabilizado por terceiros. “Quanto ao meu endereço tenho residência em Ponta Porã e por conta do COVID 19 (sou grupo de risco, 66 anos, hipertenso e diabético) estou recluso em casa [em Dourados] enquanto não for vacinado na segunda dose, pois tenho dois filhos para acabar de formar”.

O que disse a UFGD

Procurada pela reportagem do Midiamax, UFGD informou que não tinha conhecimento do fato, e não foi notificada desse assunto por nenhum órgão ou cidadão até o presente momento.
“O referido servidor veio para a UFGD através de redistribuição da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2019. A universidade informa que irá apurar a veracidade da informação e, caso necessário, tomará as medidas cabíveis”, diz a nota da instituição.
Embora esteja lotado na Universidade Federal da Grande Dourados, conforme nota da instituição, em seu perfil no Facebook o docente da UFGD aparece como residente em Curitiba, no Paraná.