Mundo

Papa Francisco corta altos salários do Vaticano para salvar emprego de funcionários em meio a crise

Líder da Igreja Católica decidiu que salário de clérigos e cardeais pode ser reduzido em até 10%. Pandemia reduziu a entrada de dinheiro para a Cidade-Estado com o fechamento do turismo, tradicional fonte de renda.



Imagem da Quarta-feira de Cinzas no Vaticano, em 17 de fevereiro de 2021 — Foto: Divulgação/Vaticano/Via Reuters



Curta nossa Fan Page e fique por dentro de tudo que acontece em Itaporã, Região, Brasil e Mundo!


O Papa Francisco determinou que os cardeais tenham um corte de 10% em seus salários e reduziu o salário de outros clérigos que trabalham no Vaticano para salvar o emprego dos funcionários, uma vez que a pandemia do coronavírus tem afetado a renda da Santa Sé.

O Vaticano disse na quarta-feira (24) que Francisco emitiu um decreto incluindo cortes proporcionais a partir de 1º de abril. Um porta-voz disse que os funcionários de nível inferior não seriam afetados pelos cortes.

Francisco sempre insistiu que não deseja demitir pessoas.

27 de março de 2020 - O Papa Francisco é visto sozinho presidindo um momento de oração no sagrato da Basílica de São Pedro, no Vaticano — Foto:  Vatican Media/Divulgação via AFP

27 de março de 2020 - O Papa Francisco é visto sozinho presidindo um momento de oração no sagrato da Basílica de São Pedro, no Vaticano — Foto: Vatican Media/Divulgação via AFP

 

Acredita-se que os cardeais que trabalham no Vaticano recebem salários de cerca de 4 mil a 5 mil euros por mês, muitos deles moram em grandes apartamentos com aluguéis bem abaixo do mercado.

Outros chefes do departamento, principalmente clérigos, verão seus salários reduzirem entre 3% e 8%. Os aumentos salariais programados serão suspensos até março de 2023.

As condições também se aplicarão a funcionários de alto escalão de outras basílicas papais, além da Basílica de São Pedro, no Vaticano.

A Santa Sé, órgão administrativo central da Igreja Católica em todo o mundo, pode ter que usar 40 milhões de euros em reservas pelo segundo ano consecutivo, enquanto a pandemia da Covid-19 queima suas finanças, disse o principal funcionário econômico do Vaticano no início deste mês.

O órgão espera um déficit de cerca de 50 milhões de euros neste ano. A pandemia forçou os Museus do Vaticano, tradicionais fontes de renda, a fecharem durante grande parte dos últimos 15 meses.